As forças Houthi, que controlam uma parte significativa do Iémen, responsabilizaram os Estados Unidos por um ataque aéreo que teria causado a morte de 68 pessoas, incluindo crianças e mulheres, na madrugada de segunda-feira.
O ataque terá ocorrido numa prisão situada na zona de Thaqban, nos subúrbios a noroeste da capital, Sanaa, onde se encontravam imigrantes de origem africana.
Segundo o canal de televisão al-Masirah, controlado pelos Houthis, o ataque também deixou 47 feridos. Inicialmente, o relato do incidente indicava a morte de apenas oito pessoas, mas o novo balanço das vítimas foi substancialmente elevado. O acesso à área do ataque tem sido restrito, com jornalistas e organizações independentes sem permissão para investigar os acontecimentos.
As forças Houthi relataram que, apesar da guerra civil que assola o país, muitos migrantes africanos continuam a arriscar a travessia do Iémen em busca de melhores oportunidades de trabalho na Arábia Saudita. Este ataque aéreo é apenas um dos vários que têm visado os subúrbios de Sanaa e outras regiões controladas pelos rebeldes, que, segundo relatos, também têm realizado incursões em Saada e na província de Amran.
A contagem de vítimas dos ataques aéreos dos EUA no Iémen, conforme relatado pela AFP, já ultrapassou 228 desde o início das operações, com os Houthis a afirmarem que os ataques têm como objectivo os seus combatentes. O Comando Central dos EUA (Centcom) revelou que mais de 800 alvos foram atingidos no Iémen desde meados de Março, resultando na morte de numerosos combatentes Houthi.
A campanha militar dos Estados Unidos, denominada “Operação Rough Rider”, foi lançada com o intuito de forçar os rebeldes a cessar os seus ataques a navios no Mar Vermelho, uma rota vital para o comércio internacional. O Centcom, em comunicado, destacou que esta operação resultou na eliminação de centenas de combatentes Houthi, assim como de vários líderes do grupo.
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