O Governo dos Estados Unidos lançou uma ameaça contundente à Universidade de Harvard, anunciando que poderá retirar o “privilégio de matricular estudantes estrangeiros” caso a instituição não cumpra com os requisitos de informação exigidos.
A administração, liderada pela secretária para a Segurança Interna, Kristi Noem, deu um prazo até 30 de Abril de 2025 para que a universidade forneça registos detalhados sobre as actividades ilegais e violentas dos titulares de vistos de estudante estrangeiro.
A carta enviada por Noem, conforme divulgado pelo Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), expressa a preocupação do governo com a segurança nacional e a utilização de recursos públicos. Noem argumenta que “não é adequado confiar dinheiro dos contribuintes” à instituição, resultando no cancelamento de dois subsídios no valor de 2,7 milhões de dólares (aproximadamente 2,37 milhões de euros) que haviam sido atribuídos a Harvard.
Esta medida surge em um contexto de crescente escrutínio sobre as universidades norte-americanas e como gerem os programas de vistos para estudantes estrangeiros. O governo federal tem enfatizado a necessidade de maior transparência e responsabilidade na gestão das actividades dos titulares de vistos, reflectindo uma postura mais rigorosa em relação à imigração e segurança.
Harvard, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as exigências e sanções impostas pelo governo. A comunidade académica aguarda com expectativa o desenrolar desta situação, que poderá ter implicações significativas para a reputação da universidade e para a sua capacidade de atrair estudantes internacionais, um componente vital da sua diversidade e prestígio.