Cinco mulheres que acusam o bilionário Mohamed Al-Fayed, já falecido, de agressão sexual apresentaram um processo civil com o intuito de obter indemnização dos seus herdeiros.
As alegações, que datam entre 1995 e 2012, referem-se a gravíssimos actos de violência sexual, assédio e maus-tratos, perpetrados enquanto as mulheres trabalhavam como amas e hospedeiras de bordo nas empresas do clã Al-Fayed, incluindo a companhia aérea privada Fayair.
O escritório de advogados Leigh Day, que representa as alegadas vítimas, anunciou que foram enviadas cartas de reivindicação em nome das cinco mulheres, dando início a este procedimento legal. Segundo o comunicado disponível, esta ação representa “o primeiro passo formal” na busca de responsabilização, bem como a solicitação de um inquérito público sobre os eventos denunciados.
As vítimas afirmam que os actos de agressão e assédio eram sistemáticos e que as condições de trabalho se tornaram insustentáveis devido ao ambiente de violência e intimidação. A abertura de um inquérito público, conforme solicitado, poderá proporcionar uma plataforma para que mais vítimas se pronunciem e que a verdade sobre estas alegações venha à tona.
O caso levanta questões sérias sobre a cultura de impunidade que pode existir em ambientes de trabalho, especialmente em relação a figuras de poder e influência. As alegações contra Al-Fayed, conhecido pelo seu papel na propriedade da icónica loja Harrods, suscitam um debate mais amplo sobre a necessidade de protecção e justiça para as vítimas de abuso.
