O presidente da Câmara da cidade de Minot, uma das maiores do Estado norte-americano do Dakota do Norte, anunciou a sua demissão, coincidindo com a divulgação de um relatório de investigação a respeito de um incidente embaraçoso envolvendo o envio, inadvertido, de um vídeo íntimo à procuradora municipal, Stefanie Stalheim.
O autarca Tom Ross, que ocupava o cargo desde 2014, enviou o vídeo, onde aparecia a masturbar-se, no passado mês de Janeiro, minutos após uma conversa telefónica com Stalheim sobre a trágica morte por suicídio de um agente da polícia local. Segundo o relatório, Ross teria solicitado à procuradora para apagar o vídeo e manter o incidente em segredo.
Na sua defesa, Ross esclareceu que o vídeo, gravado durante uma pausa para o almoço em sua casa, deveria ter sido enviado à sua namorada, e não a Stalheim. No entanto, a investigação concluiu que a sua conduta resultou na criação de um ambiente de trabalho “ofensivo” e na “incapacidade” de Stalheim de exercer as suas funções num espaço livre de assédio sexual irrazoável.
Assumindo total responsabilidade pelo seu erro, Ross justificou a sua demissão tardia como uma forma de respeitar o processo de investigação. A cidade de Minot, situada a aproximadamente 80 quilómetros da fronteira com o Canadá, conta com uma população superior a 47 mil habitantes.
O caso levanta questões sobre a ética e o comportamento dos funcionários públicos, gerando discussões sobre a necessidade de maior responsabilidade no exercício de cargos públicos. A situação continua a ser acompanhada de perto pela comunidade local e pela imprensa.