Um ataque armado perpetrado numa clínica de reabilitação de toxicodependentes em Culiacán, capital do estado de Sinaloa, resultou na morte de nove pessoas.
Segundo as autoridades, o ataque foi realizado por um grupo armado que, após forçar a entrada no estabelecimento, disparou indiscriminadamente contra os presentes.
Segundo o relatório oficial, inicialmente, oito pessoas perderam a vida e seis outras ficaram feridas. Um dos feridos veio a falecer algumas horas após o ataque, elevando o número de vítimas mortais.
Este incidente trágico marca o sétimo ataque a centros de reabilitação na região desde o início de uma intensa onda de violência que eclodiu em Setembro do ano passado, em consequência dos conflitos entre facções rivais do poderoso cartel de Sinaloa.
Desde o início dos confrontos, a violência já ceifou a vida de pelo menos 750 pessoas e deixou 900 desaparecidos. Embora a intensidade dos combates tenha diminuído graças ao destacado reforço das forças de segurança na área, a situação permanece tensa. O cartel de Sinaloa foi fundado por Joaquín “El Chapo” Guzmán, que cumpre pena de prisão perpétua nos Estados Unidos, e Ismael “El Mayo” Zambada, detido no Texas em Julho.
A rivalidade entre as facções, particularmente entre os filhos de “El Chapo”, conhecidos como os “Chapitos”, e os apoiantes de “El Mayo”, tem gerado acusações mútuas e um clima de desconfiança. Na última conferência de imprensa, o secretário de Segurança do México, Omar García Harfuch, informou que as autoridades detiveram 899 indivíduos ligados a este conflito, afirmando que estas acções “enfraqueceram” ambas as facções.
García Harfuch destacou que, sob a administração da Presidente Claudia Sheinbaum, as forças de segurança têm sido enviadas para as escolas, onde, até ao momento, não se registaram incidentes violentos. “O que fizeram as autoridades? Fizeram reforços constantes no estado de Sinaloa, enfraqueceram as estruturas criminosas para que estes acontecimentos não voltem a ocorrer. Ao reduzir os homicídios no estado de Sinaloa, obviamente, os homicídios de menores também diminuirão”, afirmou.
