O narcomusical mexicano “Emilia Pérez”, dirigido por Jacques Audiard, sagrou-se como o grande vencedor da 50ª cerimónia dos Prémios César, realizada na noite de sexta-feira na histórica sala L’Olympia, em Paris.
O filme, que contava com 12 nomeações, conquistou um total de sete prémios, incluindo o de melhor filme, melhor realização e melhor fotografia, a poucos dias da cerimónia dos Óscares.
A gala, apresentada pelo multifacetado artista Jean-Pascal Zadi, foi marcada por um momento especial de solidariedade. A actriz Catherine Deneuve, que presidiu a cerimónia, dedicou o evento à Ucrânia, num contexto de forte tensão nas negociações de paz. “Declaro aberta a 50ª cerimónia do César e dedico-a à Ucrânia”, declarou Deneuve, que usava um crachá com a bandeira ucraniana.
Na categoria de melhor actriz, Karla Sofia Gascon e Zoe Saldaña, ambas nomeadas, não conseguiram levar o prémio para casa. A estatueta foi entregue à actriz e realizadora francesa-tunisiana Hafsia Herzi, pelo seu desempenho em “Borgo”, dirigido por Stéphane Demoustier.
A celebração da sétima arte incluiu também a entrega de um César honorário ao cineasta greco-francês Costa-Gavras, de 91 anos, e à actriz norte-americana Julia Roberts, de 57 anos. Roberts, aplaudida de pé, expressou a sua gratidão: “Estou grata a todas as pessoas que me tornaram possível viver este sonho, e a minha vida hoje é um sonho”, afirmou a estrela de clássicos como “Um sonho de mulher” e “Notting Hill”.
