Um episódio extraordinário e quase inacreditável marcou o último sábado (08) nas águas gélidas do Estreito de Magalhães. Adrián Simancas, um jovem venezuelano de 23 anos, foi engolido e posteriormente expelido por uma baleia jubarte enquanto praticava trekking e rafting na região, um acontecimento que rapidamente se tornou viral nas redes sociais.
Simancas, que se encontrava acompanhado do pai em um caiaque inflável, dirigia-se à Ilha de Nassau, ao sul de Punta Arenas. Ao chegarem à Baía de El Águila, o jovem foi surpreendido por um ataque que mudaria a sua vida para sempre. “Atravessámos a baía antes de chegar ao farol e continuámos a caminhar em linha recta em direcção ao outro extremo da Baía de El Águila”, contou.
O relato de Simancas revela o momento inesperado em que tudo aconteceu: “Primeiro, senti que era lançado para trás. O tempo piorou, começou a chover e as ondas tornaram-se mais intensas. Pensei que fosse apenas uma onda, mas quando a sensação persistiu, percebi que não poderia ser apenas isso — teria que ser um tsunami ou algo ainda mais extraordinário”.
O jovem descreveu a experiência aterradora de ser “engolido” por algo desconhecido. “Vi-me a rodar e senti algo a roçar o meu rosto. Era uma cor entre azul e branco, vindo de cima e dos lados, puxando-me para baixo”, relatou.
Simancas, no auge do pânico, temeu que tivesse sido engolido por uma criatura marinha. “Pensava que tinha sido devorado, pois tínhamos falado sobre a possibilidade de haver orcas naquela área, conhecidas por serem mais agressivas. Durante aqueles três segundos debaixo de água, pensei que poderia ter morrido, até que senti o colete de salvamento a puxar-me para cima. Emergi muito desorientado”, completou o jovem.