Nas últimas horas, Egito e Qatar têm intensificado os esforços diplomáticos na tentativa de evitar o colapso do cessar-fogo em Gaza, face à ameaça de Israel de retomar as hostilidades caso o Hamas não proceda à libertação de reféns até sábado.
Os dois países, que juntamente com os Estados Unidos mediaram o acordo de trégua que se encontra em vigor desde 19 de Janeiro, estão a manter contactos intensos com Israel e o Hamas na esperança de preservar a paz. O foco das negociações reside na pressão exercida sobre o grupo terrorista para retomar a libertação dos reféns, de modo a evitar o reatamento do conflito, conforme anunciado por autoridades israelitas.
Na quarta-feira, os dois lados emitiram sinais contraditórios. O Hamas enviou uma delegação negocial ao Cairo, enquanto Israel mobilizava reservistas em uma demonstração de força. Por outro lado, a Jihad Islâmica, que também detém alguns reféns, alertou que o bem-estar dos cativos está intrinsecamente ligado à continuidade da trégua.
Além disso, o Egito anunciou estar a desenvolver um plano alternativo para abordar a situação em Gaza. O Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, declarou indisponível para se encontrar com o Presidente dos EUA, Donald Trump, enquanto este mantiver em agenda a sua controversa proposta para controlar Gaza e forçar a deslocação da população palestiniana para países vizinhos.