O Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, anunciou que Nicolás Maduro tomará posse em Janeiro de 2025 como Presidente do país.
Rodríguez também fez comentários incisivos em relação ao opositor Edmundo González Urrutia, exilado em Espanha, afirmando que o país europeu terá que lidar com ele “pelo resto dos seus dias”.
“Terão de suportar para o resto da vida esse ‘esperpento’, uma das criaturas mais cobardes e desprezíveis da curta história dos apátridas”, declarou Jorge Rodríguez numa publicação no Instagram, feita na passada sexta-feira.
Estas declarações surgem em resposta à afirmação de Urrutia, que durante uma conferência de imprensa no Fórum La Toja, na Galiza, Espanha, afirmou que irá “tomar posse a 10 de Janeiro como Presidente da Venezuela”.
O líder opositor referiu ainda a sua intenção de regressar ao país o mais breve possível, reiterando que o dia 10 de Janeiro é a data estabelecida constitucionalmente para a tomada de posse do Governo.
Rodríguez, por seu lado, criticou fortemente Urrutia, acusando-o de ter fugido “apavorado” no mesmo dia em que pediu asilo ao Governo espanhol, e de violar as normas associadas a esse estatuto. “Pede dinheiro constantemente, mente por escrito e mente quando fala… já vive na zona mais luxuosa de Salamanca”, comentou o presidente do Parlamento venezuelano.
Jorge Rodríguez também reforçou que Maduro tomará posse no Palácio Federal Legislativo no dia 10 de Janeiro de 2025, para um novo mandato de seis anos, que se estenderá até 2031. Segundo o dirigente, “o Presidente eleito a 28 de Julho de 2024 assumirá o seu posto”.
A Venezuela realizou eleições presidenciais a 28 de Julho de 2024, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos. No entanto, o CNE não divulgou oficialmente as actas de votação, o que levou a maioria da comunidade internacional a não reconhecer os resultados.
A oposição venezuelana, liderada por Urrutia, contesta os números divulgados pelo CNE e afirma que o seu candidato obteve quase 70% dos votos. O opositor afirmou que espera que a “vontade de oito milhões de venezuelanos” seja respeitada e concretizada.