Sociedade Professores relançam ameaça de greve por incumprimento no pagamento de horas extras

Professores relançam ameaça de greve por incumprimento no pagamento de horas extras

Dentro de 15 dias, os professores em Moçambique poderão paralisar as suas actividades devido ao incumprimento no pagamento das horas extras. 

Esta situação, que se arrasta há um ano e meio, foi denunciada pela Associação Nacional de Professores (ANAPRO), que acusa o Governo de falhar com a verdade ao anunciar que os valores já eram transferidos para as contas dos docentes.

Os professores deram um ultimato ao Governo, exigindo a regularização do pagamento do subsídio de horas extraordinárias correspondente aos anos de 2022, 2023 e 2024. “Duas semanas é o prazo que estamos a conceder para que esta situação seja resolvida,” afirmou um representante da ANAPRO.

Na Província de Gaza, o descontentamento é palpável, com os professores a expressarem o seu desagrado em relação ao incumprimento das promessas feitas pelo Governo. A classe educativa denuncia também a existência de inverdades em torno dos pagamentos que foram recentemente anunciados. Como forma de protesto, os docentes ameaçam não divulgar as notas do trimestre em curso, o que poderá inviabilizar a realização dos exames escolares agendados para Novembro.

Recomendado para si:  Cerca de 800 mil famílias recebem apoio da segurança social em Moçambique

Em resposta às reivindicações dos professores, o Governo reiterou a sua posição de impossibilidade para atender a esta principal inquietação, citando os custos orçamentais envolvidos.

Esta situação gera um clima de tensão no sector educacional, levantando preocupações sobre o impacto que uma eventual paralisação pode ter na continuidade do ano lectivo e na preparação dos alunos para os exames.

As autoridades e os professores continuam em impasse, enquanto a comunidade educativa aguarda uma solução que ponha fim a este conflito e assegure o cumprimento das obrigações financeiras prometidas.