Um jovem de 29 anos foi raptado em Maputo por um grupo de oito homens armados, quatro dos quais equipados com metralhadoras AK-47, segundo fontes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).
O incidente ocorreu na avenida Joaquim Chissano, onde os raptores fizeram disparos, por volta das 08:00 locais.
Este é o segundo caso de rapto de empresários na capital moçambicana nos últimos 15 dias e pelo menos o quarto do ano. A Polícia da República de Moçambique (PRM) registou um total de 185 casos de raptos, resultando em pelo menos 288 detenções por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011.
O Ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, anunciou que a cidade de Maputo é a mais afetada pela incidência de casos criminais de raptos, seguida pela província de Maputo e Sofala, com registo de 103, 41 e 18 casos, respetivamente.
Embora tenha havido uma tendência decrescente desde 2020, o ministro reconhece que ainda existem desafios significativos no combate a este tipo de crime, que está a afetar a sensação de segurança e o ambiente de negócios no país.
A procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, destacou que a maioria dos raptos é planeada fora do país, o que torna mais difícil o seu combate. A PGR submeteu 20 pedidos de extradição e auxílio judiciário mútuo há mais de um ano, mas ainda não obteve resposta. Enquanto isso, esforços estão em curso para assinar um acordo de extradição entre Moçambique e África do Sul, visando reforçar a cooperação na luta contra a criminalidade organizada.