Internacional Malawi introduz vacina PrEP para prevenção do HIV/SIDA

Malawi introduz vacina PrEP para prevenção do HIV/SIDA

O Malawi deu início oficialmente à implementação da vacina profiláctica de pré-exposição (PrEP) injetável de ação prolongada, um marco crucial no combate à infecção pelo HIV/SIDA.

Tornando-se o terceiro país africano a introduzir a PrEP injetável, seguindo os passos da África do Sul e do Zimbabué, o Malawi visa fortalecer suas estratégias de prevenção e controle do HIV/SIDA.

A implantação desta vacina será realizada inicialmente em uma base piloto, com as cidades de Blantyre e Lilongwe sendo as primeiras a se beneficiarem. Estas cidades foram selecionadas após avaliações realizadas em 2023 terem revelado uma alta incidência de novas infecções por HIV.

Para esta fase inicial, o país recebeu uma doação de 9.000 doses do governo dos Estados Unidos da América. A vacina será administrada em intervalos de dois meses, destacando-se pela sua eficácia prolongada.

Rose Nyirenda, diretora do Departamento de HIV, SIDA e Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Malawi, anunciou que apenas seis centros de saúde em Blantyre e Lilongwe estão atualmente a administrar a vacina. No entanto, até setembro, a administração será estendida para 41 unidades de saúde em todo o país.

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Antes de receberem a vacina, os potenciais beneficiários passarão por uma avaliação para determinar se fazem parte do grupo de alto risco de infecção pelo HIV.

Chimwemwe Mablekisi, diretora de programas da Comissão Nacional de HIV/SIDA, ressaltou a importância da PrEP injetável para a redução do índice de HIV/SIDA no país até 2030. Ela alertou, no entanto, que embora a vacina PrEP possa prevenir a transmissão do HIV, ela não oferece imunidade contra outras infeções sexualmente transmissíveis, destacando a importância do uso de métodos de prevenção adicionais.

Segundo o Inquérito de Avaliação do HIV baseado na população do Malawi, o país conseguiu reduzir a incidência da doença de quatro por 1.000 pessoas em 2016 para duas por 1.000 pessoas na atualidade, demonstrando avanços significativos na luta contra o HIV/SIDA.