Nos últimos 14 meses, Moçambique enfrentou nove casos de raptos consumados e seis tentativas frustradas, conforme revelado pelo ministro do Interior, Pascoal Ronda, durante uma sessão parlamentar na quarta-feira.
Durante esse período, sete das vítimas raptadas foram libertadas, embora os detalhes sobre o resgate e a situação das duas restantes não tenham sido divulgados.
O ministro informou que 42 indivíduos foram detidos sob suspeita de envolvimento nos raptos, incluindo três cidadãos sul-africanos e 39 moçambicanos. Além disso, foram confiscadas quatro armas de fogo, quatro veículos e dois esconderijos foram desmantelados.
Ronda destacou a complexidade do crime de rapto e defendeu a necessidade de uma lei específica para tornar mais eficaz o combate a esse tipo de crime. Embora o Governo tenha anunciado a criação de uma unidade anti-raptos em 2023, o progresso nessa iniciativa permanece obscuro.
O ministro também enfatizou a importância da revisão das leis da Polícia da República de Moçambique (PRM) e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) para fortalecer sua capacidade de combate à criminalidade organizada e transnacional. O Governo pretende propor em breve ao parlamento essa revisão.
Ronda sublinhou a necessidade de cooperação internacional para combater os delitos transnacionais. Quanto ao tráfico de drogas, o governante informou que foram apreendidos grandes quantidades de várias substâncias ilícitas e detidas 32 pessoas, mas reconheceu os desafios associados à proteção e fiscalização da costa marítima devido à falta de recursos adequados.