A reeleição do Presidente russo, Vladimir Putin, causou uma nova divergência no governo italiano, com os vice-primeiros-ministros Antonio Tajani e Matteo Salvini discordando sobre a legitimidade das eleições russas.
Tajani, que também é ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do Força Itália, partido de centro-direita, considerou que as eleições não foram “nem livres nem justas”. Por outro lado, Salvini, líder da Liga, partido populista de extrema-direita, defendeu que as escolhas dos eleitores russos devem ser respeitadas.
A reação divergente dos dois vice-primeiros-ministros expõe as diferenças políticas, especialmente em relação à política externa, dentro do governo liderado por Giorgia Meloni, do partido de extrema-direita Irmãos de Itália. Até o momento, Meloni não se pronunciou sobre as eleições na Rússia.
A divergência surgiu após a reeleição de Putin ter sido anunciada, com o Presidente russo garantindo um quinto mandato com mais de 87% dos votos. No entanto, muitos países ocidentais consideraram as eleições uma “farsa”.
O historial de Putin, que está no poder desde 2000, inclui uma mudança constitucional em 2020 que lhe permite concorrer novamente à presidência, estendendo seu possível período no Kremlin até 2036.
As declarações controversas de Salvini, conhecido por suas posições pró-Rússia, destacam sua tendência a divergir da linha oficial do governo em questões de política externa. Tajani, por sua vez, reiterou que a posição oficial da Itália em relação às eleições russas é determinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.