Sociedade Professores ameaçam boicotar curso noturno

Professores ameaçam boicotar curso noturno

A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) de Moçambique ameaça boicotar o curso noturno e as horas extras no presente ano letivo caso o governo não pague os 13 meses de horas extraordinárias em atraso.

A ANAPRO acusa o governo de não fazer o suficiente para resolver a situação e apela a uma solução urgente para o problema.

Em comunicado, a ANAPRO afirma que os professores não assegurarão as horas extras e o segundo turno em 2024. A associação adverte que as reivindicações continuarão até que a dívida seja paga na totalidade.

A ANAPRO apela ainda a uma intervenção ao mais alto nível para que os Ministérios da Educação e Desenvolvimento Humano e da Economia e Finanças cumpram a lei e paguem as horas extras em atraso. A associação lembra que o decreto que estabelece o trabalho extraordinário dos professores não menciona termos como “paciência”, “gradualismo”, “verificação” ou “validação”, que têm sido usados pelo governo para atrasar o pagamento das horas extras.

Até o momento, apenas duas das 13 mensalidades em atraso foram pagas em algumas escolas. A ANAPRO considera esta situação inaceitável e exige que o governo pague a totalidade da dívida o mais rapidamente possível.

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O boicote do curso noturno e das horas extras pelos professores teria um impacto significativo no sistema educativo de Moçambique. O curso noturno oferece oportunidades de educação a muitos alunos que não podem frequentar o ensino diurno, enquanto as horas extras são essenciais para o bom funcionamento das escolas.

A situação atual é um reflexo da crise económica que Moçambique enfrenta. O governo tem dificuldades em pagar os salários dos funcionários públicos e em fornecer serviços básicos à população.

A ANAPRO e o governo devem encontrar uma solução urgente para o problema do pagamento das horas extras. A educação é um direito fundamental e o governo deve garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade.