Sociedade Inundações afectam mais de 39 mil pessoas

Inundações afectam mais de 39 mil pessoas

Mais de 39 mil pessoas foram afectadas pelas chuvas e inundações que se registam na cidade e província de Maputo desde o passado dia 6 de Fevereiro, com incidência para os distritos de Boane, Moamba e a capital do país.

Para responder à situação de emergência, caracterizada ainda pela destruição de casas e pontes, corte de estradas, inundações de infra-estruturas socioeconómicas, o Governo decidiu alocar, com apoio dos parceiros, mais de 566 milhões de meticais.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou ontem, na comunicação à nação, no contexto da situação de calamidades que se registam um pouco por todo o país, o desembolso de 10 milhões de dólares (cerca de 640 milhões de meticais) para acções de reconstrução imediata pós-emergência.

Nyusi, que sobrevoou as zonas afectadas nos distritos de Manhiça. Boane, Magude, Moamba e Namaacha, na província de Maputo, referiu que os eventos extremos tiveram impacto nas infra-estruturas socioeconómicas, com destaque para 306 escolas, algumas das quais sem condições de funcionar, deixando sem estudar mais 118 mil alunos.

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Onze estabelecimentos de ensino estão a acolher as famílias afectadas pelas inundações, o que poderá comprometer o regresso às aulas.

Na área de energia, cerca de 18.500 consumidores ficaram às escuras em consequência da queda de postes, alagamento de postos de transformação nas linhas Boane/Changalane/Makanda e Mazambanine.

No domínio da agricultura, 6645 hectares de culturas diversas estão submersas, afectando cerca de 30 mil famílias. O Chefe do Estado referiu-se à tendência de crescimento exponencial da situação prevalecente nos distritos de Boane, Namaacha e Moamba.

Em relação às acções realizadas, destacou o resgate de 15 mil pessoas que se encontravam em zonas críticas nos distritos de Boane e Moamba, numa operação conjunta do Governo, parceiros, sociedade civil e singulares.

Segundo Nyusi, o Executivo elaborou um Plano de Resposta Conjunto para atender pouco mais de 53 mil pessoas em bens alimentares durante sete dias, bem como a provisão de água e alocação de meios de resgate nas zonas de risco.