Peter Clarke, Chefe da GNL da Exxon Mobil, disse esta terça-feira na Coferência Mundial do Gás que decorre na Coreia do Sul que Exxon Mobil Corp espera a primeira exportação de gás natural liquefeito (GNL) de Moçambique ainda este ano, escreve o Diário Económico que cita Reuters.
O projecto Coral de GNL de 3,4 milhões de toneladas por ano é operado pela italiana ENI, que processa gás natural dos recursos da Área 4 na Bacia do Rovuma, operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV) que detém uma participação de 70% na Área 4 e que é constituída pela ExxonMobil (operador do projecto Rovuma LNG) através de uma participação de 35,7% na MRV; Eni (operador do projeto offshore Coral Sul FLNG) através de uma participação de 35,7% na MRV; China National Petroleum Corporation (CNPC) através de uma participação de 28,6% na MRV e depois pela Kogas com uma participação de 10%; Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), que detém 10% e a Galp, que detém os restantes 10%.
No mês passado, a petrolífera Exxon Mobil anunciou que poderá avançar para a decisão final de investimento em Moçambique, quando a francesa TotalEnergies levantar a cláusula de “força maior” que activou para suspender o seu projecto de gás natural no norte do País, disse à Lusa fonte do Governo moçambicano.
De acordo com a mesma fonte, a informação foi prestada pelo vice-presidente da Exxon Mobil para África, Walker Keinsteiner, durante um encontro em Washington com o ministro da Economia e Finanças moçambicano, Max Tonela, numa declaração sobre o tema: “vamos retomar o processo da FID [sigla inglesa de decisão final de investimento], logo que haja o levantamento da declaração de força maior”.
No mesmo encontro, a Exxon manteve a ideia de que o desenvolvimento dos projectos de gás natural em Moçambique é uma “prioridade”, manifestando satisfação com os progressos registados no combate aos grupos armados na província de Cabo Delgado, norte do País, com reservas de gás que estão entre as maiores do mundo.