Dezenas de organizações denunciam casos de violência em maternidades de Moçambique e suspeitas de tráfico de bebés. Em Maputo, ativistas exigem investigação e responsabilização dos profissionais de saúde envolvidos.
Leila deu à luz em agosto, mas os hospitais moçambicanos que a assistiram dizem que o bebé morreu, sem nunca lhe entregarem o corpo, e depois de num deles ter sido maltratada, denunciou com associações locais. O caso serviu para ilustrar, em conferência de imprensa, as queixas de 40 organizações contra vários casos de violência em maternidades do país e suspeitas de tráfico de bebés.
As 40 associações moçambicanas denunciaram casos de violência pré-natal, no parto e pós-parto em unidades hospitalares no país, apelando para uma investigação e responsabilização dos profissionais de saúde envolvidos.
Só em Maputo foram apresentadas às organizações 15 denúncias de maus-tratos e abusos, no último trimestre, “protagonizados por profissionais de saúde contra gestantes, parturientes e puérperas”, além de alguns casos, não contabilizados, de desaparecimento de bebés nos hospitais.