Sociedade Autoridades impediram marcha da Associação Médica de Moçambique em Maputo

Autoridades impediram marcha da Associação Médica de Moçambique em Maputo

A marcha organizada pela Associação Médica de Moçambique em Maputo queria protestar contra a onda de raptos que assola as principais cidades do país. Em uma semana, pelo menos dois empresários e um médico foram raptados.

O contingente policial destacado para impedir a marcha, que seria realizada no sábado (16.10), apresentou à Associação Médica de Moçambique um documento assinado pelo presidente do município da cidade de Maputo, Eneas Comiche, indeferindo a iniciativa.

Com a marcha, que devia começar na sede da organização, na avenida Eduardo Mondlane, e terminar na Praça da Independência, a Associação Médica de Moçambique pretendia manifestar o seu repudio contra a onda de raptos, bem como deixar uma mensagem de solidariedade para com uma das vítimas: o médico Basit Gani, raptado há mais de uma semana na capital moçambicana.

As principais cidades moçambicanas têm sofrido com uma onda de raptos que afeta principalmente empresários ou os seus familiares.

No dia em que o médico foi levado à força, também o empresário Nazir Tadkir foi raptado em Maputo. Na sexta-feira (15.10), o filho mais velho do presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), o moçambicano Salimo Abdula, foi raptado, embora este último caso tenha ocorrido na África do Sul, segundo a imprensa local.