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Jovens angolanos lutam todos os anos para obter um lugar na faculdade, onde há insuficiência de vagas. Mais de 2 mil jovens saíram às ruas de Cabinda esta semana para reivindicar um lugar no sistema de ensino superior.
Um decreto presidencial assinado em outubro de 2020 aumenta as exigências para o ingresso no curso superior de formação de professores. A medida estabelece que os estudantes que não obtiverem média igual ou superior a 14 valores não poderão concorrer a uma vaga no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED). A média mínima é definida pela trajetória escolar no ensino médio, antes do superior.
Em Cabinda, a maioria dos candidatos a uma vaga no ISCED foi eliminada por não atingir a média 14. Em declarações à DW África, Fuca Macosso, um dos estudantes que não atingiu a média, diz que a direcção do Instituto fez sair primeiramente uma lista onde os seus nomes constavam e posteriormente as retirou, afixando outras já como eliminados.
“Nós ficamos contentes e preparados para fazer a nossa prova. E posteriormente, acaba saindo uma outra lista que dava conta de que os candidatos não podiam fazer mais prova. Sabe-se que há um decreto que foi aprovado a nível nacional, só que este mesmo decreto, nas outras províncias onde existem instituições de ciências da educação, não receberam candidatos com média abaixo de 14 valores, como exigido”, conta.