Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas, na quarta-feira, quando as forças de ordem dispersaram manifestantes na capital, Bissau. A manifestação fora convocada pelo sindicato UNTG, no sétimo mês de greve geral.
A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), a principal central sindical, convocou na quarta-feira (14.07) uma manifestação que visava contestar a “grave” situação social do país, assim como o aumento de impostos e subsídios aos titulares dos órgãos de soberania.
Momentos antes do início da marcha, que deveria terminar em frente da sede da Assembleia Nacional Popular (ANP), a polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que ainda se encontravam na sede da UNTG, no centro da capital guineense.
O secretário-geral da central sindical, Júlio Mendonça, deu conta do número de feridos devido à intervenção policial.
“Nós responsabilizamos por esta violação os principais responsáveis do país: o Presidente da República, o primeiro-ministro e o ministro do Interior. Sabem perfeitamente que o que os agentes (da polícia) estão a fazer não se coaduna com o que vem plasmado na Constituição da República”, disse Mendonça em declarações aos jornalistas na sede da central sindical.
O sindicalista qualificou a violência policial exercida sobre os manifestantes de “grave e gravíssima”. Anunciou ainda uma nova manifestação para o dia 28 de julho. “Esperamos que os (atuais) governantes percebam que hoje estão no poder, mas amanhã não estarão, e cada um deverá assumir as suas responsabilidades”, disse Mendonça.