Atrasos no pagamento de salários na empresa distribuidora de água no Bengo leva trabalhadores a paralisar atividades. E os grevistas denunciam ameaças de despedimentos.
Com 11 meses de atraso salarial, os trabalhadores da Empresa Pública de Águas e Saneamento (EPAS) argumentam que não viram outra forma de pressionar o patrão a pagar os seus ordenados se não por via de uma greve por tempo indeterminado. O movimento foi iniciado na passada quinta-feira (22.07). As torneiras das zonas de Caxito, Mabubas e arredores já estão há cinco dias sem jorrar água.
Segundo contam funcionários, que aceitaram falar sob a condição de anonimato, a falta de pagamento obriga os trabalhadores da EPAS a viverem de sucessivos empréstimos.
“Neste momento, estamos cheios de dívidas, se na verdade eles pagarem estes salários, vamos dar três ou quatro meses na dívida, por que não temos como fazer”, conta um.
Este atraso salarial está a causar consequências sobretudo nos lares dos trabalhadores. Muitos veem as suas vidas privadas severamente afetadas pela falta de dinheiro para sustentar a família.