A OMS salienta, contudo, que a taxa de progresso abrandou, o que se deve sobretudo à “estagnação do progresso em vários países com transmissão moderada ou elevada”.
Segundo esta organização, 27 dos 29 países que são responsáveis por 95% dos casos de malária a nível mundial encontram-se na região africana da OMS. A Nigéria (27%), a República Democrática do Congo (12%), Uganda (5%), Moçambique (4%) e Níger (3%) representaram cerca de 51% de todos os casos a nível mundial.
No relatório, Cabo Verde — que não teve nenhum caso de malária em 2019, prosseguindo este ano sem registos – é apontado como um dos sete países da região que estão no bom caminho para alcançar a meta de uma redução de 40% da incidência de casos de paludismo, tal como o Botsuana, Etiópia, Gâmbia, Gana, Namíbia e a África do Sul. A Argélia já foi certificada como livre de malária.
Ao nível dos países lusófonos, Moçambique é o que contabiliza mais casos, cerca de nove milhões em 2019, o que lhe garante um quarto lugar na lista dos países da região africana da OMS com mais infeções, atrás da Nigéria, que lidera, a República Democrática do Congo e o Uganda.
Moçambique é ainda responsável por 4% de todas as mortes do mundo devido a esta doença infecciosa, causada por um parasita.
Nesta lista de 44 países, e ainda em relação aos países lusófonos, Angola ocupa a oitava posição, a Guiné Equatorial o 32º lugar, a Guiné-Bissau o 35º, São Tomé e Príncipe o 40º. Em último lugar, e sem casos registados em 2019, encontra-se Cabo Verde.