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67 anos depois, uma mulher vai voltar a ser executada nos Estados Unidos

Os Estados Unidos da América vão voltar a executar uma mulher, quase 70 anos depois de o terem feito pela última vez. Trata-se de Lisa Montgomery, oriunda do estado do Kansas e a única mulher entre os 55 detidos em prisões federais que estão no chamado “corredor da morte”, isto é, à espera da execução.

Condenada em 2008, a data para essa execução foi definida na sexta-feira (16) pelo departamento de justiça do governo norte-americano: 8 de dezembro.

Montgomery foi condenada pela morte por estrangulamento de uma mulher grávida, em 2004. Como conta o comunicado emitido na sexta-feira, a mulher tinha conhecido Bobbie Jo Stineett numa conversa online e acordou com esta comprar-lhe um cão bebé.

Dirigiu-se do Kansas a Missouri, onde vivia Stineett, e cumpriu “um esquema premeditado de assassinato e sequestro”, que passou por estrangular a mulher e retirar-lhe o bebé, na altura com oito meses de gestação. Levou a criança para casa e fê-la passar por sua filha, até o crime ter sido desvendado e a própria Montgomery o ter admitido. Bobbie Stineett não resistiu aos ferimentos, ao contrário da filha, Victoria Jo, hoje com 16 anos, que foi criada pelo pai.

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A defesa de Montgomery alega há muito que a mulher foi também vítima durante a infância de sucessivos espancamentos que lhe deixaram danos cerebrais irreversíveis, além de outros problemas do foro mental. O procurador-geral, William Barr, porém, considerou esgotados todos os recursos da defesa e colocou o crime de Montgomery no grupo dos “especialmente hediondos”.