Um homem negro morreu após ser baleado pelas costas mais de 20 vezes pela polícia esta segunda-feira à tarde no Bairro de Westmont em Los Angeles, Estados Unidos da América.
Dijon Kizzee, de 29 anos, estava a andar de bicicleta quando a polícia o tentou mandar parar por violar uma regra do código da estrada.
O Departamento da Polícia de Los Angeles e o advogado do jovem contam, no entanto, versões diferentes do que se passou. Segundo Brandon Dean, porta-voz da esquadra local, Kizzee saiu da bicicleta e fugiu, sendo que os polícias foram atrás dele. Os agentes terão disparado sobre Kizzee quando este deixou cair uma arma semi-automática embrulhada num pano e deu um murro num deles. O mesmo porta-voz disse não saber que regra do código da estrada o jovem terá violado em concreto nem quantas vezes os polícias dispararam sobre ele, mas disse que foram menos de 20.
“Eles dizem que ele fugiu, deixou cair um pano e tinha uma arma. Não pegou nela mas os polícias balearam-no mais de 20 vezes pelas costas e depois abandonaram-no durante horas”, denunciou no Twitter Benjamin Crump, o advogado que está a representar a família de Dijon e que também representou as famílias de George Floyd e Jacob Blake.
O corpo foi autopsiado esta terça-feira.
Na sequência da morte de Dijon Kizzee, têm existido protestos em Los Angeles devido à violência policial contra pessoas negras. Recorde-se que George Floyd foi morto por um polícia em maio e, mais recentemente, Jacob Blake foi atingido pela polícia, situação que o deixou paralizado.
Donald Trump chegou a Kenosha, onde se têm registado vários protestos contra a violência exercida sobre Blake, esta terça-feira, para se reunir com os seus apoiantes, defendendo a polícia contra as críticas sobre a sua atuação. As eleições presidenciais acontecem em novembro.