Destaque Tribunal condena membros da mesma família por assassinato em Inhambane

Tribunal condena membros da mesma família por assassinato em Inhambane

O Tribunal de Maxixe, em Moçambique, condenou esta quarta-feira 11 membros da mesma família a penas que variam entre 18 meses e 23 anos de prisão pelo homicídio de um idoso de 75 anos, enterrado vivo por suspeitas de feitiçaria.

Américo Magumba, filho da vítima e identificado como o promotor do crime, foi condenado a 23 anos de prisão por parricídio, enquanto que os outros membros da família, entre netos e sobrinhos, foram responsabilizados pelos crimes de homicídio qualificado e encobrimento, com penas que variam entre os 18 meses e 22 anos de prisão, disse o juiz David Foloco, na leitura da sentença no Tribunal de Maxixe, na província de Inhambane, sul do país.

O grupo foi acusado de ter enterrado viva a vítima em novembro último.

Segundo o tribunal, o idoso foi obrigado pelos familiares a cavar a própria sepultura.

O crime foi cometido após o funeral de um parente, sendo que os condenados acusaram o idoso de ser responsável pela morte.

O advogado da família não concorda com a decisão do tribunal, observando que há, no grupo, pessoas que foram condenadas sem que houvesse provas da sua presença no local do crime.

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“Vamos recorrer, não concordamos com a decisão, principalmente com as penas”, referiu Hilofero da Conceição.

Há quatro anos, a vítima foi atirada a um rio, amarrada, também depois de ter sido acusada de feitiçaria pelos familiares, tendo conseguido salvar-se em circunstâncias desconhecidas.