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General brasileiro é afastado por criticar Michel Temer

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O Exército brasileiro afastou sumariamente um general que durante uma palestra na quinta-feira passada fez críticas à forma como o presidente Michel Temer se mantém no cargo, garantindo apoio no Congresso Nacional através da distribuição de milhares de milhões de verbas públicas aos parlamentares que o apoiam.

Na palestra, proferida no Clube do Exército, em Brasília, o general António Hamilton Martins Morão classificou essa prática de Temer como um “balcão de negócios” e irritou o presidente.

Nosso actual presidente, ele vai aos trancos e barrancos, em busca de equilíbrio, mediante um balcão de negócios, chegar ao final do seu mandato” declarou na altura o general, suscitando a ira de Temer que, como presidente da República e comandante das Forças Armadas, é seu superior hierárquico.

Numa primeira medida punitiva, o general foi demitido do importante cargo que ocupava, o de chefe da Secretaria de Finanças e Economia do Exército. Outras medidas poderão ser tomadas pelo comando do Exército, que podem chegar à passagem compulsiva do oficial superior à reserva.

O general António Hamilton Martins Mourão já em Setembro passado tinha provocado polémica, ao defender numa outra declaração pública que os militares deviam intervir para pôr fim ao mar de lama em que se transformou a política brasileira, onde até o próprio Temer foi denunciado duas vezes por corrupção pela Procuradoria-Geral da República e usou milhares de milhões de euros dos cofres públicos para conseguir que parlamentares travassem os processos e não o tirassem do cargo.

Na altura, o general afirmou que as Forças Armadas tinham o dever de intervir para garantirem a harmonia no funcionamento das instituições e que o dinheiro público fosse realmente usado na melhoria das condições de vida dos cidadãos. Nessa altura, talvez porque o pensamento que expressou reflecte o que pensam vários outros altos comandos militares, o general não sofreu qualquer punição.

Mas agora, especula-se que por intervenção directa de Temer, que nos últimos meses tem retaliado com dureza os que se atrevem a enfrentá-lo, o oficial foi destituído do cargo e pode ainda enfrentar o rigor da disciplina militar.

CM