Sociedade Cidadão português desaparece após vandalizar restaurante em Maputo

Cidadão português desaparece após vandalizar restaurante em Maputo

Um cidadão de nacionalidade portuguesa, gestor de um restaurante na cidade de Maputo, vandalizou o imóvel onde o mesmo operava, tendo desaparecido sem dar nenhuma justificação.

Trata-se de André Martins, proveniente de Leiria, Portugal, gestor do restaurante ‘Coculucho’, em Maputo que, antes de desaparecer, colocou um aviso informando que o restaurante estaria encerrado, de 03 a 25 de Junho, por motivos pessoais.

O cidadão em causa nem sequer comunicou os trabalhadores e proprietário do imóvel, onde o restaurante funcionava, sobre a sua decisão de encerrar o estabelecimento.

Desde o dia do anúncio do encerramento, Martins encontra-se em parte incerta.

O proprietário do imóvel, Boaventura Boane, disse não saber os motivos que levaram o seu locatário a desaparecer sem dar nenhuma satisfação e que mantinham uma boa relação.

Durante os quatro anos em que o cidadão geriu o restaurante, nunca discutimos e não consigo identificar o motivo que o terá levado a tomar esta decisão. Fiquei surpreso por ele desaparecer sem me entregar as chaves do imóvel, sem pagar a renda do restaurante, da flat onde morava e o salário dos seus funcionários“, afirmou.

Boane avançou que tentativas de o localizar resultaram em fracasso, pois os seus telefones não chamam e a sua residência encontra-se vazia.

Não consegui o localizar telefonicamente, tendo em seguida enviado uma carta para residência onde este vivia em regime de aluguer, mas a mesma não teve resposta. Surpreendentemente apareceu o proprietário informando que o individuo em causa não se encontra mais na sua residência e que teria visto a sua viatura nos Aeroportos de Moçambique“, explicou.

Boane afirmou que tentou outros meios para o localizar, mas não teve êxito, facto que o fez levar o caso às autoridades e estas, por sua vez, também não tiveram sucesso, o que culminou com a abertura do restaurante, onde viria a se constatar que o imóvel estava vandalizado.

Coloquei um anúncio no jornal de modo a fazer com que, de qualquer modo, o localizasse, mas foi em vão. Levei o caso ao tribunal, onde se tentou contactar o cidadão, mas não resultou“, disse.

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Após estas démarches, segundo a fonte, decidiu-se que se devia abrir o restaurante. “Quando abrimos encontramos loiça sanitária partida, material da cozinha irreconhecível, paredes rabiscadas, cabos eléctricos cortados, bomba de água sabotada, praticamente tudo destruído“, lamento.

Manifestando o seu descontentamento pelo sucedido, Boane disse ser prematuro avançar o valor total do prejuízo.

É uma situação revoltante e que me deixa desapontado com alguns cidadãos que chegam ao país e cometem actos desta natureza. Por agora, ainda não avaliamos o valor dos danos, mas o valor da renda correspondente aos três meses em que o restaurante se encontra parado está estimado em 750 mil meticais“, disse.

Boane apelou as autoridades moçambicanas a serem mais vigilantes e rigorosas em relação aos cidadãos estrangeiros que vem trabalhar no país, pois em alguns destes lesam os cidadãos e regressam aos seus países sem a devida responsabilização.

Felicidade Dimande, uma das trabalhadoras do restaurante, afirmou que ela e os seus colegas tiveram conhecimento do encerramento do estabelecimento através do anúncio afixado na porta do mesmo, não tendo lhes sido, antecipadamente, comunicados pelo patrão.

Trabalhamos normalmente até o dia em que chegamos e encontramos o aviso do encerramento do restaurante, ficamos espantados, pois nada nos tinha sido informado“, disse ela, para quem a postura do seu empregador era positiva e que o mesmo cumpria com as suas obrigações, tanto que a sua atitude surpreendeu a todos funcionários.

A nossa relação era boa, nunca se registou um atraso nos pagamentos e a contabilidade do restaurante era a das melhores. Ficamos surpresos pela atitude dele de vandalizar o restaurante e desaparecer sem honrar com os seus compromissos“, lamentou.

AIM