Um pai foi condenado a prisão perpétua, com uma pena mínima de 21 anos, depois de ter assassinado o próprio filho de três meses, arremessando-o “vigorosamente” contra uma parede durante uma descarga de raiva, segundo a polícia.
O homicídio foi cometido em Bournemouth, Inglaterra, na casa onde a família mora, em Abril do ano transacto.
Julian Hinz, o bebé recém-nascido, foi levado para o hospital mas morreu um dia depois do ataque quando os médicos decidiram desligar a máquina de suporte de vida.
Foram descobertas fracturas no crânio, um traumatismo cerebral e, além disso, o bebé apresentava algumas costelas partidas causadas por um aperto mais vigoroso.
O pai, Robert Hinz, de 34 anos, foi condenado por homicídio e três acusações por causa de danos corporais graves, após o julgamento que durou 12 dias no Tribunal de Winchester. O detetive Richard Dixey, da polícia de Dorset, disse que “o crime foi verdadeiramente horrível“.
“Julian Hinz tinha apenas três meses mas durante a sua curta vida, foi sujeito a actos de violência cometidos pelo próprio pai, alguém com quem Julian deveria estar seguro“, alerta.
Monica, a mãe da criança, deixou o bebé a dormir no quarto, ao cuidado do pai, enquanto foi às compras. Entretanto, os outros três filhos do casal estavam a brincar com o tio num outro quarto.
Pouco tempo depois de a mãe ter saído de casa, Robert foi ouvido a gritar. “Chamem uma ambulância, ele não está a respirar”, disse em pânico. O tio das crianças entrou no quarto e assim que viu o estado do neto, ligou para os serviços de emergência, enquanto o pai tentava fazer uma reanimação ao bebé recém-nascido.
Os jurados do tribunal, que ouviram a gravação da chamada para os serviços de emergência, disseram que se conseguia ouvir Robert Hinz a gritar e a bater nas paredes, causando danos no interior da casa.
O pai, desempregado há cerca de um mês, ainda tentou entrar no carro para seguir a ambulância até ao hospital, mas a polícia interveio e impediu-o de fazer a viagem, uma vez que acreditavam que Hinz estaria bebâdo.
Nigel Lickley, procurador, reiterou em julgamento que o bebé estava bem até a mãe se ausentar da casa. “Ele [Julian Hinz] estava a comer normalmente até a mãe sair. Em poucos momentos de raiva e violência, o pai dele matou-o“, declara.
Correio da Manhã