Nacional Camponeses não querem milho modificado em Chókwè

Camponeses não querem milho modificado em Chókwè

Camponeses do Distrito de Chókwè, na província de Gaza, estão de costas viradas para os cientistas do projecto WEMA. Em causa estão os ensaios do milho modificado e outros produtos como tubérculos que serão levados a cabo por técnicos e cientistas de 5 países da região africana, no regadio de Chókwè.

Segundo Miguel Paulo Kumaio, gestor do campo destinado à experiência do material geneticamente modificado Produtos como o milho, a batata-doce de polpa alaranjada, a mandioca, entre outros derivados da terra devem ser ensaiados no espaço vedado para se apurar até que ponto estes são tolerantes à seca.

“Com isto, como avança Kumaio, pretende-se que o produto geneticamente modificado possa reduzir o impacto da seca. O ensaio será feito nos meses de Maio e Julho, época que não chove com regularidade na zona sul do país” disse o interlocutor.

Questionado sobre a posição das associações de camponeses locais que se recusam a este ensaio, alegadamente por temer problemas de saúde provocados pelo consumo destes produtos modificados em laboratórios, Kumaio disse não entender com que interesse este grupo de camponeses quis reagir a situação, mas com alguma calma, os responsáveis do centro reuniram-se com as associações para esclarecer a necessidade dos ensaios e a sua finalidade, que é garantir a segurança alimentar na região, visto que está a ser fustigada pela fome nesta época.

Kumaio diz ainda que num raio de 400 metros quadrados do centro de cofinagem e testagem dos produtos, não vai haver a plantação de milho geneticamente modificado, e muito menos de tubérculos que é a principal base de alimentação na região.

Falando do campo de irrigação, isto é, o regadio de Chókwè, Tomás Maguve, técnico superior e responsável pelo sistema de regadio por gotejamento neste centro de testagem, disse que o sistema de rega era dispendioso em termos de água, que por gravidade  a água era perdida, daí a escolha do novo sistema.

Questionado sobre a perca da infra-estrutura, devido o arrastamento pelas águas das chuvas, visto ser uma zona baixa, Maguve disse que com as novas mudanças, a gestão a nível da barragem de Macaritane, vai melhorar consideravelmente a comunicação para a abertura das comportas na região.

Referir que o país prevê a construção de mais três centros de testagem e cofinagem de produtos modificados geneticamente nas zonas sul, centro e norte do país.