Sociedade Maputo acolhe IV reunião anual do MEPI

Maputo acolhe IV reunião anual do MEPI

Universidades africanas e americanas, encontram-se reunidas em Maputo, de 5 a 7, do mês em curso, para um simpósio organizado pelo Medical Education Partnership Initiative (MEPI), com objectivo de melhorar a quantidade, qualidade e retenção dos graduados das faculdades de medicina no quadro do fortalecimento dos sistemas de saúde dos países africanos.

Depois de Kampala, Uganda, em 2010, a cidade Maputo acolhe, o encontro que visa fortalecer experiencias entre as universidades de medicina dos países que fazem parte do comité do Medical Education Partnership Initiative (Iniciativa de Parceria da Educação Médica).

Os participantes esperam sair deste simpósio, mais enriquecidos em termos de experiencias, bem como formar médicos, investigadores de modo que os graduados forneçam serviços de qualidade no sistema nacional de saúde, em beneficiário –das populações.

De acordo com a representante do MEPI, Emília Noormahomed “esperamos sair daqui a saber qual é a melhor forma de formar os médicos, de modo que, estes possam servir melhor as populações nos seus locais de trabalho.

“O nosso programa é muito ambicioso, tem muitos recursos, mas quando começamos a fazer o plano e colocar os recursos para alocá-los em diferentes actividades que propomos fazer, vimos esses recursos como poucos. Um, dos grandes desafios, é a escassez da mão-de-obra, razão pela qual temos o programa MEPI para aumentar a mão-de-obra e recursos humanos qualificados, bem como profissionais qualificados”, realçou Noormahomed.

Por seu turno o encarregado de negócios da embaixada dos EUA, em Moçambique, Mark Cassayre “conseguimos facilitar a graduação de 2500 profissionais de saúde em Moçambique, que estão a ajudar pessoas nas aldeias e assumem responsabilidades nas clínicas e hospitais”, referiu.

Em 2010, o MEPI apoiou cerca de 13 faculdades de medicina, em 12 países africanos, por um período de 5 anos. E para garantir uma formação com qualidades financiou as mesmas com um valor estimado em 130 milhões, deste valor, 12 milhões de dólares foram direccionados para Moçambique.

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O Reitor da UEM, Orlando Quilambo, na sua intervenção explicou que a investigação na área de medicina tem sido realizada de uma forma substancial, mas com o programa do MEPI, o Reitor, entende da maior universidade de Moçambique, entende que a capacidade de investigação de medicina no país, aumentou. “Este programa tem ajudado os nossos estudantes, para que estes tenham uma boa qualidade de formação, e tem nos ajudado também, durante todo o processo de formação e docência.

O reitor reconhece a insuficiência de médicos no país, pois este factor constitui um grande desafio as autoridades hospitalares moçambicanas, e que esses continuarão por muito tempo, mas nos últimos anos têm-se registado melhorias, visto que actualmente, um médico, está para um distrito, numa população constituída por 50 mil habitantes.

Refira-se que, o IV simpósio anual do programa Medical Education Partnership Initiative (MEPI), realiza-se em parceria com 31 universidades africanas, incluindo as Universidades Eduardo Mondlane, Lúrio e Unizambeze,  20 universidades americanas, duas britânicas e uma do Canadá.

A reunião decorre sob o lema “a optimização do impacto no MEPI através da mudança e desenvolvimento da sustentabilidade”, com vista, partilhar progressos e constrangimentos encontrados no processo da implementação das actividades programadas para o alcance dos objectivos estabelecidos e traçar as novas directrizes do programa.

Neste encontro, Moçambique poderá, passar a presidência do comité de coordenação do MEPI, que assumiu em 2013, em Kampala, Uganda.