Nacional Renamo considera detenção de Muchanga ilegal

Renamo considera detenção de Muchanga ilegal

A chefe da bancada parlamentar da Renamo, Maria Enoque, disse ontem (terça-feira) que a detenção de António Muchanga, porta-voz do líder desta força política, Afonso Dhlakama, é ilegal e garantiu que os advogados estão a trabalhar em torno do assunto.

António Muchanga foi detido, segunda-feira, em Maputo, quando saia da reunião do Conselho de Estado, convocado pelo Presidente da República, Armando Guebuza, para debater a actual situação político-militar do país.

Na sequência do acontecimento, a bancada parlamentar da Renamo esteve ontem na Procuradoria-Geral da República (PGR) para se inteirar do assunto.

Falando a jornalistas momentos após a saída da PGR, Maria Enoque frisou que os advogados já estão a tomar conta do assunto e vão proceder segundo os trâmites legais.

Na oportunidade o, sublinhou que houve ilegalidade na detenção de Muchanga, dai que a Renamo considera que se tratou de um rapto.

“Não há um mandato de prisão, o procedimento que ocorreu com António Malagueta é o mesmo que ocorre com António Muchanga”, sublinhou.

No dia de detenção de Muchanga, Manuel Lole, que falou na qualidade de porta-voz da Renamo, explicou que durante a reunião de Conselho de Estado foram apresentados dois documentos, um relativo a situação político militar e outro emitido pela PGR sobre a quebra de imunidade de Muchanga como membro de Conselho de Estado. Lole participou do encontro também na sua qualidade de membro do Conselho de Estado.

Nos dois documentos apresentados Muchanga era citado como quem está a incitar a violência, através das declarações que ele tem dado á imprensa na sua qualidade de porta-voz do líder da Renamo.

Muchanga é o segundo membro sénior da Renamo a ser detido, depois do brigadeiro Jerónimo Malagueta, em Junho de 2013, também por incitação a violência.