Os restos mortais do mineiro moçambicano que perdeu a vida no passado dia 04 de Janeiro de 2014, na mina Doornkop, do grupo Harmony Gold, arredores da cidade de Soweto, na República da África do Sul (RAS), vítima de acidente de trabalho, chegam hoje ao País.
Segundo um comunicado de Imprensa do Ministério do Trabalho (MITRAB) enviado à nossa redacção, “trata-se de Fernando Francisco Sambo, de 59 anos de idade, que na companhia de outros 16 trabalhadores da mina, incluindo dois moçambicanos, foi surpreendido por deslizamento de uma rocha, quando se encontrava a trabalhar a uma profundidade de 1.700 metros.”
O comunicado avança ainda que no total o acidente causou a morte de nove mineiros e os sobreviventes estão a ser assistidos.
“No total morreram nove mineiros, e os restantes oito sobreviveram, incluindo os dois moçambicanos que actualmente se beneficiam de assistência integral por parte da entidade empregadora.”
“O deslizamento da rocha originou arrebentamento de fios eléctricos no interior da mina, criando pânico e, segundo apurou no local o delegado do MITRAB na RAS, Adelino Espanha Muchenga, um grupo de oito mineiros tentou sair fazendo-se transportar numa pequena locomotiva, mas nenhum saiu vivo, enquanto isso um outro mineiro é dado como desaparecido”, explica o comunicado do MITRAB que temos vindo a citar.
O ocorrido só foi comunicado 2 horas depois do acidente, por um mineiro que arriscou a vida usando escadas até à superfície da mina.
Na referida mina trabalham 4 mil pessoas, das quais 278 são de nacionalidade moçambicana. “Os dois moçambicanos sobreviventes são Constâncio Salomão Banze e Adriano Filipe Soto”, lê-se no comunicado.
Por decisão familiar, o funeral de Fernando Francisco Sambo realizar-se-á amanhã, sábado, na sua terra natal, localidade de Bungane, distrito de Xai-Xai, província de Gaza.