O sector da Educação, a nível da província de Maputo, arrancou o ano lectivo de 2014 com um défice de 583 professores. De um total de 1000 docentes que precisava, só conseguiu contratar 417, por alegada falta de cabimento orçamental. A ginástica para contornar esta situação será a introdução de segundas turmas e horas extraordinárias.
Estes dados foram lançados sexta-feira pelo director provincial de Educação e Cultura de Maputo, Lucas Fernando, à margem da cerimónia provincial de abertura do ano lectivo de 2014, que teve lugar na Escola Secundária Bonifácio Gruveta Massamba, no bairro de Khongolote, município da Matola.
“Neste ano, recrutámos 417 professores para reforçar os recursos humanos em termos de efectivos nas escolas. Não são suficientes para a província de Maputo. Mas, dentro dos limites dos orçamentos, vai-se respondendo àquilo que é a nossa necessidade. Vamos continuar com alguns professores que vão ter segundas turmas e horas extras. Isto vem reforçar e, paulatinamente, vamos reduzindo. O ideal seria que tivéssemos 1000 professores novos”, disse.
600 mil livros nas escolas
Lucas Fernando disse que em termos de distribuição, o livro gratuito já está em todas as escolas. Indicou que mesmo nas localidades e postos administrativos mais longínquos o livro já está lá. Acrescentou que foi providenciada a distribuição de livro gratuito no ano passado.
“O livro já está nas escolas primárias. Para o ensino secundário, também temos aqueles livros que são obrigatórios que se devem usar durante o processo de ensino e aprendizagem. As direcções das escolas já têm parte desses livros”, disse.
Segundo Fernando, o que as escolas devem fazer é reforçar esses livros. Ao longo das duas últimas semanas, as escolas foram formando as listas para que, efectivamente, as aulas arranquem no dia 4 de Fevereiro.
“Estes livros vêm reforçar os livros que temos nas escolas. O livro que temos vindo a distribuir é de reforço a partir da 3ª classe. Recebemos mais 600 mil livros novos para juntar com os que temos nas escolas.
Formação de professores
Na província de Maputo há três institutos – em Namaacha, Chibututuíne e Matola –, sendo que os dois primeiros leccionam no antigo modelo de 10ª classe mais um ano de formação e Matola, 10ª classe mais três anos. Também conta com ADPP, que é uma instituição privada mas que forma professores.
“Temos 350 formandos pelos três institutos mais 90 da ADPP. Noutros institutos técnicos, temos a previsão de formar 970 alunos”, disse. A província de Maputo matriculou mais 700 mil alunos que serão assistidos por 9 mil professores.
