Sociedade Educação Professores apertam Governo: “Queremos maior flexibilidade na tramitação das nomeações”

Professores apertam Governo: “Queremos maior flexibilidade na tramitação das nomeações”

Um total de 1 316 (mil e trezentos e dezasseis) professores de diferentes subsistemas de ensino exige aos Serviços Distritais de Educação, Juventude, Ciência e Tecnologia de Quelimane, maior flexibilidade na tramitação dos processos de nomeações e mudanças na carreira. Os profissionais do sector levantaram este e outros problemas, semana passada, num encontro que visava a concertação de ideias.

Há mais de quatro anos que os professores exigem com documentos nomeações e progressões, mas nem todos tiveram a sorte. Este ano, apenas foram visados 86 processos de um total de 219 solicitações de nomeação.

No encontro, o director de Educação de Quelimane, Armindo Primeiro, realçou a importância das progressões como um grande incentivo no seio daquela classe profissional, porém as autoridades de Educação consideram que a lentidão nas progressões deve-se ao Tribunal Administrativo. “O Tribunal Administrativo está neste momento a tramitar os documentos para que os abrangidos tenham sua situação regularizada muito em breve”, explicou o dirigente.

Entretanto, uma fonte do Tribunal Administrativo (TA) abordada pelo Canal de Moçambique refuta as acusações e deita a culpa aos funcionários da Educação como sendo os principais autores da lentidão que se tem verificado na aquisição dos vistos.

Recomendado para si:  OrMM anula exames da UniLúrio e levanta questões sobre formação em medicina

Alguns professores sentem-se lesados pelo Governo devido aos constantes atrasos e morosidade na tramitação dos processos administrativos. Parte considerável dos quais contraiu elevadas dívidas aos bancos e terceiros, estando, neste momento, a enfrentar enormes dificuldades em saldá-las. “Queremos maior flexibilidade na tramitação das nomeações, pagamento de horas extras e vistos do Tribunal Administrativo”, reclamou.

Confrontado com o problema, Armindo Primeiro sublinhou que o sector que dirige está a trabalhar em estreita ligação com o Tribunal Administrativo de forma a imprimir maior dinamismo nos processos. “Há um trabalho conjunto entre ambos os sectores para tornar célere o processo”, vincou.

A meta, segundo o nosso entrevistado, é de abranger antes do final deste ano 1316 dos mais de 1500 professores em exercício nas escolas de Quelimane. O atraso no pagamento das horas extras voltou a ser colocado como questão de fundo na vida profissional dos docentes.

Logo que atingem três anos de serviço no aparelho do Estado, os professores deviam beneficiar-se de nomeações para posterior mudança na carreira ou ocupação de cargos de chefia, facto que não está a ser observado pelo Governo na Zambézia, pontapeando o regulamento dos Funcionários e Agentes do Estado.