Nacional Talhões distribuídos em zonas de reassentamento

Talhões distribuídos em zonas de reassentamento

O director provincial dos Transportes e Comunicações e porta-voz do governo da Zambézia, Alberto Manharage, disse há dias em entrevista à nossa Reportagem que daquele número, há um remanescente de 48 talhões que é reserva do Estado para a construção de infra-estruturas públicas, nomeadamente, escolas, unidades sanitárias e outras nos novos locais de assentamento humano.

O nosso entrevistado disse igualmente que a população com ajuda dos técnicos dos serviços distritais de Planeamento e Infra-estruturas estão a fabricar tijolos queimados para a construção das suas habitações nos distritos afectados, nomeadamente, Nicoadala, Namacurra, Maganja da Costa, Chinde e na cidade de Quelimane. Aliás, segundo soube à nossa Reportagem, as autoridades municipais estavam à espera do fim do período chuvoso para pôr em marcha um plano de apoio social 48 famílias desalojadas pelas cheias e inundações de Dezembro a Março último.

O nosso Jornal apurou que para a construção das casas com material mais consistente às calamidades, já foram produzidos mais de 100 mil tijolos queimados nos distritos de Mopeia e Maganja da Costa. Cumulativamente, já foram construídas 2.660, das 2.801 casas previstas num período de dois anos.

As calamidades que se abateram sobre a província da Zambézia na época ciclónica entre Outubro a Março afectaram 7.632 famílias. O número de casas destruídas foi de 5.200 casas, 562 salas de aula e seis centros de saúde destruídos. No sector agrário, os danos foram maiores com a perda de 15.551 hectares, prejudicando 23.613 famílias.

Alberto Manharage afirmou que as cheias e inundações afectaram muito o tecido económico da província da Zambézia, tendo em conta que as zonas potencialmente agrícolas viram culturas alimentares e de rendimento a perderem-se devido a violência das cheias.

Segundo ainda aquele responsável do governo provincial da Zambézia, as calamidades provocaram ainda o corte de estradas vitais para a economia, nomeadamente, a EN1 na região de Amor, em Nicoadala, Namacurra/Macuse, Maganja da Costa sede para os vários postos e localidades, de Chinde sede para as localidades, o mesmo aconteceu em relação a Mopeia e Morrumbala.

O que não foi feito até ao momento é o plano de reabilitação e manutenção de estradas não só naquelas que foram destruídas pelas calamidades, como também as de rotina que estão a provocar sérios constrangimentos ao trânsito normal de viaturas, principalmente, a partir das sedes distritais para os postos administrativos e localidades.

Em consequência disso, a província da Zambézia não cumpriu integralmente o plano de produção global da economia previsto para o primeiro semestre deste ano. Os dados que tivemos acesso dão conta que a província da Zambézia tinha como meta para período em análise, uma produção global de 34.645.43 milhões de meticais, mas acabou não indo para além dos 28.814,22 milhões de meticais.