Nacional Província exporta macadâmia para China

Província exporta macadâmia para China

Com efeito, grandes extensões desta cultura já foram implantadas na Serra-Chôa, onde está a ser implementado um projecto de produção desta cultura de rendimento que está a ser levado a cabo por uma empresa zimbabweana de origem britânica, actualmente baseada na África do Sul.

Trata-se da Valey Of Macs que desde o ano passado já colocou 58 toneladas de macadâmia no mercado chinês, depois da entrada em funcionamento da referida indústria de processamento.

Com cerca de 250 hectares desta cultura, a empresa pretende incrementar a sua produção, duplicando a área de cultivo com a abertura de outros 250 hectares, perfazendo 500. Para além da empresa, as populações de Serra-Choa já estão a abraçar aquela cultura, devendo comercializar o produto a empresa fomentadora, a Vale of Macs.

O trabalho decorre com assistência técnica daquela firma de modo a assegurar a qualidade necessária para a sua colocação no mercado internacional. A China é, presentemente, a potencial compradora da macadâmia do posto administrativo de Chôa, distrito de Báruè, que nos últimos anos conheceu considerável avalanche no tocante ao investimento externo, sobretudo no sector agro-pecuário.

Cerca de quatro milhões de dólares foram aplicados pelo Vale of Macs, para a materialização do projecto em alusão, cuja execução iniciou em 2007. Este é o valor previsto para o projecto, estando a empresa neste momento empenhada no aumento das áreas de cultivo, antes de começar a pensar em lucros.

O director da empresa, John Chapmarn, disse que, para além da produção agrícola e no âmbito da sua responsabilidade social, o projecto contempla o fornecimento de energia eléctrica aos residentes do posto administrativo de Chôa.

Com efeito, conforme apurou a nossa Reportagem no terreno, está em curso a implantação duma mini-barragem hidroeléctrica que deverá assegurar a produção e fornecimento de energia eléctrica àquela parcela do distrito de Báruè, que vai contar também, em breve, com rede nacional de telefonia móvel.

A comunicação telefónica na região de Chôa é garantida presentemente pelas operadoras de telefonia móvel do Zimbabwe, cuja fronteira fica a menos que 500 metros da região moçambicana de Chôa.

Aliás, o posto administrativo de Chôa é igualmente usado como ponto de trânsito de zimbabweanos e moçambicanos quando pretendem alcançar aquele país ou vice-versa. Mais para a zona limítrofe, em Chôa estão as minas de ouro de Caeredzi, zona bastante flagelada pela mineração ilegal, o garimpo.

GOVERNADORA SATISFEIRA COM DESENVOLVIMENTO DE CHOA

Entretanto, a governadora de Manica, Ana Comoane, que há dias visitou a região, manifestou a sua satisfação pelos índices de crescimento que a Serra-Chôa tem vindo a registar nos últimos tempos, o que tem como impacto, a crescente melhoria da qualidade de vida das populações.

Afirmou que a electrificação do posto administrativo vai acrescentar valor a este crescimento. O facto, segundo ela, não apenas vai trazer melhorias na vida das populações, como também na atracção de mais investimentos público-privados cuja instalação tem sido condicionada a presença de energia eléctrica de qualidade.

Na sua óptica, Serra-Chôa deu um salto significativo no desenvolvimento sócio-económico, contando neste momento com cada vez mais empreendimentos e infra-estruturas públicas e privadas. O surgimento de novas empresas privadas e outros projectos carácter agro-pecuários testemunham o quão Choa está a crescer, segundo argumenta aquela governante.

Ainda de acordo com Comoane, outras iniciativas de investimento estão em carteira, com maior incidência as inerentes ao turismo, dadas as características paisagísticas que propiciam o desenvolvimento desta actividade na região. Fazenda de bravio consta entre algumas das iniciativas turísticas que podem ser desenvolvidas na Serra-Chôa.

Porém, a governadora de Manica considera ser importante que se faça um estudo mais aturado com vista a determinar as condições para introdução desta componente turística na Serra-Chôa, uma região geralmente coberta de vegetação de espécie estepe, muito preferida pelos mamíferos de pequeno porte, tais como os vulgarmente conhecidos como porquinhos-da-índia.

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