Nacional Melhora acesso ao emprego – segundo o INE

Melhora acesso ao emprego – segundo o INE

Com efeito, dados do último trimestre de 2012 (Outubro a Dezembro) dão conta que a taxa de emprego situou-se em 69 por cento e a do desemprego em 14,8 por cento , ou seja, uma melhoria em 7,2 pontos percentuais e queda de 7,7 em relação ao trimestre anterior (Julho/Agosto/Setembro), respectivamente.

Os resultados por área de residência, segundo dados que nos foram facultados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que o crescimento da taxa global entre os dois períodos, tem a ver essencialmente com o aumento do emprego na área rural em 10,6 pontos percentuais.

Os maiores ganhos foram registados na região Norte, enquanto que no Sul houve um decréscimo em 3,8 pontos percentuais. Com efeito, em todas as províncias do Sul, a taxa de emprego diminuiu, com Inhambane a registar a maior queda de 7 por cento.

Por condição de assalariado verifica-se que em ambos trimestres predominam os trabalhadores por conta própria com um peso de 66,8 por cento no 1º trimestre e 61,9 por cento no segundo.

Com relação ao desemprego, os dados apontam que diminuiu tanto na área urbana, como na área rural em 2,6 por cento e 9,4, respectivamente.

As diminuições mais elevadas da taxa verificaram-se em Niassa (13,4 por cento), Tete (18,8 ) e Manica (24). O desemprego nos dois períodos é mais elevado nos indivíduos do ensino secundário e mais, excluindo o nível superior, e cai em todos os outros níveis de escolaridade.

Para os efeitos deste inquérito, foi elaborada uma amostra de 6962 agregados familiares a serem inquiridos em cada trimestre, totalizando 12470 num ano. O inquérito terá representatividade nacional, urbano e rural, podendo também ser produzidos para o nível provincial e regional.

O inquérito, baseia-se em três questionários básicos, nomeadamente sobre o agregado familiar (contempla educação, saúde, habitação, água e saneamento, saúde, despesas, auto-consumo, receitas e índice de confiança), sobre a força de trabalho (disponibilidade, procura de emprego, actividade económica, e etc.) e um outro complementar sobre emprego infantil.

Com o INCAF, o Instituto Nacional de Estatística espera disponibilizar, com regularidade anual, dados sobre a evolução da pobreza e de outros programas de desenvolvimento nacional, a relação emprego/desemprego, estimar o consumo das famílias no âmbito das contas nacionais, ajustar o conjunto de bens e serviços e a estrutura de consumo do índice de Preços no Consumidor.

Espera ainda actualizar os preços de aluguer de casas e serviços diversos no âmbito do Índice de Preços no Consumidor e avaliar as condições socioeconómicas e as expectativas económicas dos agregados familiares.

Antes do início do INCAF, indicadores como a pobreza eram avaliados de cinco em cinco anos, o que fazia com que interferissem na análise choques fortes na economia, derivados de factores climáticos e outros que tornavam difícil a comparação da dinâmica ocorrida no período.