Politica Guebuza presta tributo a Francisco Manyanga na sua terra natal

Guebuza presta tributo a Francisco Manyanga na sua terra natal

O Presidente Armando Guebuza disse que a verdadeira homenagem que os moçambicanos podem prestar ao herói Francisco Manyanga e aos seus companheiros de luta contra a dominação estrangeira é continuar a valorizar o seu legado, unindo-os e cerrando as fileiras para enfrentar os novos desafios, com fé na vitória final.

Guebuza, que falava esta sexta-feira na localidade de Charre, distrito de Mutarara, extremo Sul da província central de Tete, por ocasião das comemoração dos 40 anos após a morte do Herói Nacional, Francisco Manyanga, disse que ao contemplar a majestosa obra, cada um deve se interrogar, no silêncio da sua alma, sobre o legado que terá já construído para referência na sua família e na nação moçambicana.

“Hoje, 40 anos depois do desaparecimento físico de Francisco Manyanga, este insigne filho de Moçambique, nascido neste chão de Charre, juntamo-nos e juntámos o Moçambique que ele ajudou a moldar para lhe assegurarmos que o seu sacrifício não foi em vão”, disse o Chefe de Estado.

Historiando sobre a vida e obra de Manyanga, Guebuza disse que os relatos sobre a personalidade, a integridade e as capacidades do herói nacional, ainda que referentes a um período que recua dos 40 anos, não deixam de emocionar porque espelham a persistência, coragem e entrega abnegada por causas nobres.

“Estamos perante a vida e obra de um homem de carácter, um político maduro, um nacionalista íntegro, reconhecido e aplaudido por todos os que aqui estão e por outros companheiros que com ele fizeram essa trajectória”, explicou o estadista moçambicano.

Caetano Augusto Mendonça, mais conhecido, segundo o presidente, pelo seu nome de guerra, Francisco Manyanga, experimentou a amargura da discriminação imposta pelo regime colonial, quer no ambiente rural, onde nasceu e cresceu, quer ainda no urbano, na escola ou no trabalho, o que contrastava com o seu sentido justiça e vontade de ajudar os outros.

Manyanga, segundo o presidente, não cruzou os braços perante a situação. Inteligente, auto-didacta e empreendedor, persistiu, quer a nível da sua formação escolar, quer a nível da aprendizagem informal de línguas, quer ainda a nível da sua formação profissional, explorando as suas habilidades, sempre à busca de melhores condições de vida.

“Quanto mais discriminado e oprimido se sentia, mais crescia em si a convicção de que lamentar não era solução para o fim da discriminação e opressão. A solução era, isso sim, responder ao chamamento da pátria e juntar-se aos outros nacionalistas para pôr cobro a essa situação que punha a dignidade e a auto-estima do moçambicano em causa”, detalhou o Presidente.

Nesse contexto, segundo Guebuza, o herói Manyanga se forja como um dos obreiros da nacionalidade moçambicana, passando a fazer parte do movimento clandestino e, mais tarde, a integrar as fileiras do movimento libertador na Tanzânia.

“Antes éramos chamados portugueses. Porém, graças à luta que homens e mulheres de fibra como Francisco Manyanga empreenderam, reconquistámos a nossa nacionalidade: hoje somos, orgulhosamente moçambicanos!”, sublinhou Guebuza.

Francisco Manyanga nasceu em 1931 no povoado de Tchetcha, localidade de Charra-sede, em Mutarara, província central de Tete.

Manyanga ingressou na Frelimo em 1963, fez parte do terceiro grupo de combatentes que recebeu treinos na Argélia. Mais tarde, foi colocado como instrutor militar no campo militar Khóngwa. Nesta qualidade, Manyanga contribuiu para a formação de muitos guerrilheiros.

Em 1967, Manyanga foi indicado para dirigir as operações de reabertura da Frente de Tete, e no ano seguinte, como Secretário Provincial, chefiou a Delegação da Província de Tete ao 2/o Congresso da Frelimo, realizado em 1968. No evento, foi eleito membro do Comité Central.

Manyanga perdeu a vida em Julho de 1973, aos 42 anos, em Dar-es-Salaam, Tanzânia, vítima de doença e os seus restos mortais repousam na Praça dos Heróis, na capital moçambicana

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