Politica “G-20 não existe” – Garante Ministro do Interior

“G-20 não existe” – Garante Ministro do Interior

O Ministro moçambicano do Interior, Alberto Mondlane, apelou hoje à população para se manter calma, face a situação de pânico que se vive, nas ultimas semanas, nos bairros da Cidade e Província de Maputo, na sequência da onda de criminalidade que assola estas zonas.

Citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), Mondlane considerou boato as afirmações que dão conta a existência de um grupo de criminosos denominado G-20.

Segundo estas informações, o grupo introduz-se nas residências, violam, assaltam, e engomam às suas vítimas, usando o Ferro de engomar roupas.

“Quero pedir aos residentes da Cidade e Província de Maputo para que mantenham a calma porque se trata de um boato”, disse Mondlane, salientando que algumas pessoas, por má-fé, protagonizam situações de alarmes falsos, deturpando, dessa forma, a tranquilidade pública.

Na sequência disso, o Ministro do Interior reuniu-se, na manhã de hoje, com todos os directores, comandantes e chefes das operações da Cidade e Província de Maputo para reflectir sobre o assunto, que agita alguns bairros da Cidade e Província de Maputo.

Na ocasião, Mondlane garantiu que nenhum comandante da Polícia apresentou factos acerca do G-20. “Estamos reunidos com todos os comandos e nenhum dos directores ou comandantes aqui presentes realçou casos de homens de ferro de engomar, para além de um (1) caso, ocorrido no mês passado”, explicou.

O Ministro do Interior diz não se justificar o pânico protagonizado pelos populares, uma vez que a polícia, com ajuda dos populares, garante, a todo o momento, a segurança e tranquilidade pública.

Em relação a colocação de panfletos nas residências onde presumivelmente serão assaltadas, Mondlane disse que qualquer indivíduo, uma criança ou adulto, pode colar um panfleto para criar ainda mais pânico.

No mês de Julho, de acordo com Mondlane, a corporação deteve uma dezena de indivíduos, indiciados de crimes de assaltos à mão armada. Mondlane acrescenta que “não se deve relacionar as detenções com o pânico ora criado”.

Sobre este assunto, a AIM contactou o comandante da 6ª Esquadra da Polícia (que também zela pelo bairro São Dâmaso, um dos mais flagelados pela situação), Tomás Nhacutou, tendo garantido estar tudo sob controlo.

Ao que se vive nos últimos dias na Cidade e Província de Maputo, segundo Nhacutou, tange-se a um caso de homicídio qualificado, ocorrido no mês de Julho no bairro São Dâmaso, onde quatro assaltantes invadiram uma residência, tendo violado uma menina, solteira maior, e, forçado o proprietário da casa a ditar o código do cartão bancário.

“Foi nesse instante que, os larápios usaram o ferro de engomar para forçar o dono a divulgar a senha de acesso à conta bancária”, afirmou.

Tanto Augusto Bobo, assim como António Mulungo, Directores da Ordem e Segurança da Cidade de Maputo, e da Província de Maputo, respectivamente, caracterizam a situação criminal de estável e controlada.

No caso da Cidade de Maputo, a capital do país, Bobo garantiu que não há casos concretos da existência do G-20. “Os cidadãos devem sentir-se tranquilos porque está tudo bem”, afirmou.

O Director da Ordem e Segurança da Cidade de Maputo falou do caso de detenção de um grupo de 15 criminosos que assaltaram uma casa no bairro da Polana-Caniço-“B”. Desse número, seis encontram-se detidos, dois dos quais atingidos gravemente por balas disparadas pela polícia, encontrando-se no Hospital Central de Maputo (HCM).

E, no que concerne a província de Maputo, segundo Mulungo, a situação também é estável. Mulungo disse que desde os acontecimentos do bairro São Dâmaso até então, nada perturbou a ordem pública, no que toca a assaltos. Contudo, a fonte não mencionou os casos de assassinatos ocorridos, esta semana, nos bairros de Malhampswene e Tsalala, no Município da Matola.

A AIM deslocou-se à HCM para falar com os dois larápios atingidos. Um deles, de 32 anos de idade, disse que foi convidado por outro amigo para praticar o assalto. Ele confirmou ter integrado o grupo que assaltou, no mesmo dia, duas residências.

“Arrombamos as casas, usando alicate. Levamos dinheiro e não violamos ninguém”, disse o detido, que diz ser motorista particular e garantiu não saber nada acerca da existência do G-20.

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