Nacional Muária insurge-se contra empreiteiros desonestos

Muária insurge-se contra empreiteiros desonestos

Muária fez estas declarações em Chimanimani, distrito de Sussundenga, Manica, quando visitava as obras inacabadas de construção dos escritórios da Reserva Nacional de Chimanimani, que estão em curso naquela área de conservação transfronteiriça.

As referidas obras deveriam ser concluídas seis meses depois, porém arrastam-se já por cerca de dois anos, um atraso que, segundo Carvalho Muária, resulta da inacção da empresa construtora encarregue de executar o projecto, a TECNIL, a qual, na óptica do governante, herdou a cultura e o comportamento no trabalho dos portugueses.

Para Carvalho Muária, que durante três dias trabalhou na província de Manica, no quadro da verificação do grau de desempenho do sector que superintende, a TECNIL uma empresa nacional de construção civil, não tem nenhum motivo para que, volvido cerca de dois anos, não conclua o projecto considerado de grande importância para impulsionar o turismo na região.

Agastado pela situação, Muária comparou aquela construtora aos portugueses e suas empresas do ramo de construção civil as quais, segundo ele, tem uma longa tradição e história de incumprimento dos prazos e dos contratos das obras que têm sido adjudicadas no país.

Muária afirmou sentir-se bastante amargurado e decepcionado pelo facto de, na sua óptica, alguns moçambicanos terem herdado do tempo colonial a falta de cultura de trabalho.

O ministro do Turismo defendeu a sua posição, enfatizando que a área de construção envolve prazos e estes devem ser cumpridos com rigor. Reiterou que os projectos do governo são mais sérios ainda, no sentido rigoroso da palavra, dai que para realizá-los em tempo útil, ser necessário acrescida responsabilidade de quem os executa.

“O governo tem metas claras a cumprir para o desenvolvimento do país e tem compromissos para com o Estado e a população. O executivo tem um manifesto eleitoral por cumprir. Estes objectivos não devem ficar reféns da inactividade de empresas desonestas, como é o caso de algumas lusas, sob pena de agravar a pobreza que apoquenta o país e sob o risco de tornar fútil os avanços ora conseguidos” – defendeu o ministro do Turismo.

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