Economia Agricultura Cresce investimento para produção de arroz

Cresce investimento para produção de arroz

O ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, que revelou há dias esta informação na capital provincial da Zambézia, disse que o investimento será feito nos distritos da Maganja da Costa, Mopeia, Namacurra, Nicoadala e na cidade de Quelimane, regiões que apresentam neste momento potenciais condições agro-climáticas para a produção do cereal.

O projecto visa intensificar a produção de arroz, matéria-prima para a fábrica de processamento de arroz de Namacurra. O empreendimento, que custou nove milhões de dólares, tem a capacidade de processar 150 mil toneladas de arroz por ano, mas a actual capacidade de resposta da Zambézia é de 89 mil toneladas daquele cereal, por isso o executivo e os seus parceiros não poupam esforços de mobilização de mais recursos para dar corpo ao velho sonho de uma agricultura comercial de arroz.

Segundo aquele governante, o pacote financeiro ora anunciado faz parte de um investimento integrado para a região centro do país denominado por Apoio ao Investimento no Agro-Negócios, avaliado em 120 milhões de meticais. Inroga disse que daquele valor 60 por cento será atribuída a Zambézia e convidou o sector privado para concorrer ao projecto, com vista a promover os serviços agrários.

A taxa de juro anual estará entre 10 a 12 por cento e será potenciada a área de produção de arroz e outras culturais anuais de alto valor económico previstas no Plano de Acção de Produção de Alimentos.

O ministro da Industria e Comércio, Armando Inroga, disse no acto que marcou o lançamento dos programas que o Agro-Negócio desempenha um papel vital no desenvolvimento sócio-económico de Moçambique, o que permite ao incremento de rendimentos das comunidades e famílias que tem a agricultura e pecuária como fonte principal de rendimento.

Segundo ainda aquele governante, o sector de agro-indústria tem estado a emergir graças ao ambiente favorável de negócios que o governo tem proporcionado, com destaque para a simplificação de procedimentos, desconcentração, construção e melhoria de infra-estruturas de apoio e comercialização.

Entretanto, o sector privado afirma que o investimento por si não basta, mas o executivo deve criar transparência no acesso aos fundos e apetrechar os produtores com tecnologias agrícolas, incluindo a mecanização. Pedro Padil, do CTA na Zambézia, afirmou que as experiências dos projectos anteriores é de que o governo anuncia investimentos, mas para se ter acesso a eles fica muito difícil.

O executivo afirma que estão criadas todas as condições para os empresários tirarem proveito. O ministro Inroga afirmou que em breve o sector privado poderá candidatar-se para subvenções até 2,6 milhões de meticais, devendo contribuir com 30 por cento de cada subvenção.

Aquele governante disse igualmente que o programa dará suporte a pequenas e médias empresas e associações, bem como cooperativas operando na agricultura, agro-processamento, comercialização e actividades de exportação.

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