Politica Medo da guerra leva alunos à desistência em Chibabava

Medo da guerra leva alunos à desistência em Chibabava

O clima de medo que se vive no distrito de Chibabava, em Sofala em consequência dos ataques efectuados pelos ex-guerrilheiros da Renamo e que já provocaram a morte de duas pessoas e ferimentos de outras quatro no posto administrativo de Muxúnguè está a levar a que muitos alunos desistam de ir às aulas, muitos dos quais levados pelos próprios pais e encarregados de educação para fora do distrito, sobretudo para a cidade da Beira.

Segundo reconheceu o director provincial do sector, Pedro Mbiza, neste momento alguns pais e encarregados de educação optaram por retirar os seus educandos das escolas locais dado o clima que se vive.

Falando à nossa Reportagem sábado último depois de efectuar uma visita a algumas ZIPs (Zonas de Influência Pedagógica) naquela região, o director provincial de Educação e Cultura de Sofala disse ter tido vários encontros com os professores durante os quais transmitiu-lhes uma mensagem de forma a continuarem nas respectivas escolas, o que, segundo ele, servirá de catálise para que os alunos possam regressar às aulas.

Recomendado para si:  OrMM anula exames da UniLúrio e levanta questões sobre formação em medicina

Entretanto, o director da EPC 1º de Maio em Muxúnguè e coordenador da ZIP 5, que abrange um total de 14 estabelecimentos de ensino, Gonçalves Bonera Jacinto, disse ontem que depois de na semana finda a situação ter sido deplorável em termos de presença de alunos nas escolas já na 2ª feira o cenário começou a melhorar, porquanto o número aumentou significativamente, sobretudo na sede do posto administrativo.

“Tivemos, de facto, uma fraca participação de alunos nas aulas devido aos tumultos ocorridos, mas hoje (ontem) a situação melhorou um pouco, particularmente aqui na sede do posto, enquanto nas outras escolas desta ZIP também as aulas estão a decorrer, embora de forma tímida” – revelou Bonera.

Afirmou igualmente que decorrem acções de sensibilização aos pais e encarregados de educação em vários povoados para que devolvam as crianças às aulas, pois dentro dos próximos dias vão decorrer as avaliações.

Jornal Notícias