O empreendimento, cuja primeira pedra de sua construção foi oficialmente lançada sexta-feira última, tem ainda a capacidade de conservar mais de 800 toneladas de hortícolas por ano.
Avaliado em 60 milhões de dólares norte-americanos, o investimento é fruto da parceria existente entre os governos de Moçambique e da China, representados pelo Instituto de Gestão e Participação do Estado (IGEPE) e o Grupo Chinês BUCG, respectivamente.
Falando na ocasião, José Pacheco, ministro da Agricultura, disse que este complexo agro-industrial visa fazer de Moçambique mais uma sede da revolução verde e plataforma da vitória contra a insegurança alimentar e nutricional no nosso país.
“Todos nós sabemos o quão é estratégico o vale do Limpopo e em particular a região de Chókwè devido às infra-estruturas de rega aqui instaladas, significando uma responsabilidade para as autoridades locais, agentes económicos e produtores desta província, pois terão a missão de garantir a produção de hortícolas em quantidade e qualidade durante todo o ano, processar ou conservar, permitindo o abastecimento contínuo ao mercado nacional com produtos nacionais, mas certamente atingir os mercados regional e internacional”, desafiou Pacheco.
O governador da província de Gaza, Raimundo Diomba, considerou oportuna a instalação da fábrica de processamento, armazenamento e conservação de cereais e hortícolas em Gaza, pois para além de garantir mais postos de trabalho e melhorar a qualidade de vida dos produtores vai ajudar na redução da perda de produtos frescos devido à falta de infra-estruturas adequadas para conservação e processamento daquele tipo de produtos.
Tratando-se de um investimento que será implementado por pessoas com cultura e experiências distintas, Apolinário Panguene, presidente do Conselho de Administração do IGEPE, apontou estar ciente dos desafios que isso trará, quer para os moçambicanos, quer para os chineses e chamou atenção à necessidade de se adequar o conhecimento e a experiência chinesa à realidade do contexto nacional.
A fábrica de processamento de cereais e hortícolas é a quarta a ser instalada em Moçambique pelo grupo BUCG. O representante desta empresa chinesa, Chen Daihua, prometeu a compartilha de métodos e técnicas de trabalho com os moçambicanos e que os chineses aprenderão o português para melhorar a comunicação com os nossos compatriotas.
“Esperamos que Moçambique tenha mais centros de processamento de cereais e hortícolas, fruto da parceria entre os dois países. As empresas chinesas públicas e privadas estão interessadas em investir na agricultura em Moçambique”, referiu Li Chuwhua, embaixador da China em Moçambique.
Jornal Noticias