Nacional Empresas de construção ameaçam processar Movitel

Empresas de construção ameaçam processar Movitel

Dez empresas de construção civil em Nampula decidiram processar, judicialmente, a empresa de telefonia móvel Movitel, depois de verem frustradas todas as tentativas de recuperação, por via pacífica, dos mais de oitocentos mil meticais que lhes são devidos por aquela operadora de telefonia móvel.

Trata-se das empresas construtoras SECON, EBENEZER, BICHENE, BINDA, MOPA, IMPERTEC, VANI, UNIDADE CONSTRUTORA SEBASTIÃO E JOSÉ DIAS, que afirmam não haver outra alternativa senão recorrer às entidades competentes para reaverem os seus valores.

Segundo consta da certidão de impasse número 46/2013 de 25 de Março, do Centro de Mediação e Arbitragem Laboral de Nampula, a MOVITEL,SA, sociedade comercial de direito moçambicano, vocacionada ao fornecimento dos serviços de telecomunicações e serviços móveis, celebrou, em 2011, diferentes acordos com dez construtoras de Nampula, para a construção de torres, salas de maquinaria, fundação de contentores, entre outras actividades.

 Empresas de construção ameaçam processar Movitel

Porém, concluídos os trabalhos, a empresa recusa-se agora a efectuar os devidos pagamentos, alegadamente, porque algumas obras foram feitas sem a observância dos termos contratuais. Um encontro havido terça-feira passada entre os representantes das dez empresas e a direcção daquela operadora da telefonia móvel a nível daquela província não produziu consensos.

A Movitel argumenta que as casas para montagem de equipamentos, construídas pelas referidas empresas, não têm estrutura de drenagem e outras permitem infiltração de água das chuvas e com graves consequências no seu equipamento. A Movitel promete pagar depois de corrigidos todos os erros técnicos, supostamente cometidos pelos construtores. Entretanto, este argumento não convenceu os construtores que consideram ter havido “falha do projectista” e especificidade nas certas plantas.

O mais preocupante ainda, de acordo com os construtores, tem que ver com o facto de a Movitel estar a queixar-se da qualidade das obras um ou dois anos depois da sua entrega. Aliás, segundo dados em nosso poder, aquela operadora ter-se-ia comprometido a efectuar os pagamentos no passado mês de Março, facto que não aconteceu até ao momento.

 

O País