Entrevistada no passado dia 28 de Março, Dia do Médico Moçambicano, Sharon Guesela disse que nesta fase de ligação da teoria à prática a procura incansável do saber faz parte do leque de responsabilidades que recaem sobre a sua personalidade como médica, sobretudo visando dar qualidade ao acto médico, porque milhares de vidas estão à mercê das decisões tomadas no acto médico.
“Ser médico é saber ser e estar, obedecendo os aspectos da ética e deontologia e provendo um acto médico com qualidade, fazendo a diferença onde quer que esteja, usando os recursos ali disponíveis” – afirmou Sharon Guesela.
Aquela profissional da Saúde apontou ainda que, apesar das dificuldades ainda existentes, concretamente relacionadas com a exiguidade de recursos humanos, com destaque para médicos, meios materiais, residências e, acima de tudo, escassos meios financeiros, entre outros aspectos básicos que interferem na boa prestação de cuidados de saúde básicos, ainda há muita moral entre os profissionais da área pelo trabalho.
“Somos poucos no sector, mas trabalhamos todos unidos e ajudamo-nos entre nós, o que permite criar um clima de trabalho bastante positivo” – reconheceu Sharon Guesela.
A nossa interlocutora referiu, entretanto, que o Dia do Médico deve servir de momento de reflexão do que é ser médico e o seu papel na exaltação dos valores sociais e do seu contributo para o bem-estar, não só da classe, como da sua família e da comunidade no geral.
Ainda nas celebrações do Dia Nacional do Médico, o Director Provincial da Indústria e Comércio, António Gero, em representação do Governo da província de Tete, pediu aos médicos para darem o seu máximo na realização das suas actividades com vista a corresponder às expectativas das comunidades.
Aquele representante do executivo de Tete apontou alguns avanços que o Governo está a registar na área de infra-estruturas sociais, concretamente do sector da Saúde, destacando alguns projectos como de ampliação e modernização do hospital provincial de Tete, das unidades hospitalares de Zumbu e Fíngoè e do Centro de Saúde de Zóbuè e outras.
De acordo com António Gero, vários esforços estão sendo envidados pelo Governo, quer a nível central, quer provincial, de modo a encarar a situação com um olhar no futuro, não obstante as dificuldades de vária ordem, e projectando soluções reais e viáveis para as demandas da saúde da população.
Unidades Sanitárias serão equipadas
Aquele membro do executivo de Tete anotou que o Governo vai, brevemente, equipar com novos equipamentos as unidades de Saúde de referência, principalmente o Hospital Provincial de Tete, configurando um dos mais avançados parques de diagnóstico por imagem a nível do nosso país.
“Sem dúvidas que são recursos que trarão inúmeros benefícios para a efectividade e a economia do atendimento aos nossos pacientes, oferecendo as melhores condições de trabalho para ambas as partes” – reafirmou o representante do Governo.
Entretanto, a Directora Provincial da Saúde, Carla Mosse Lázaro, intervindo na ocasião, disse que, apesar de imensas dificuldades, desde a exiguidade dos recursos humanos, com particular destaque para o médico, insuficiência de recursos financeiros, unidades sanitárias e residências para funcionários da área, a província está a registar uma evolução positiva na assistência médica e medicamentosa à população.
“Mesmo com estas dificuldades, apraz-nos constatar que a melhoria dos cuidados de saúde tem sido a preocupação diária do médico e de todos os funcionários da Saúde” – anotou a directora provincial de Saúde em Tete.