Nacional Sociedade civil apura 16 candidatos a CNE

Sociedade civil apura 16 candidatos a CNE

A lista contendo os nomes dos mesmos deverá ser entregue hoje à Comissão “ad hoc” da Assembleia da República para a selecção dos membros da sociedade civil, no dia em que termina o prazo estipulado para o efeito.

As 16 personalidades foram apuradas de uma lista de 18 candidatos representando 26 organizações da sociedade civil que se inscreveram por via do Observatório Eleitoral. O jornalista Salomão Moyana, director do semanário Magazine Independente, figura em primeiro lugar na lista dos candidatos, seguido do antigo Conselheiro do Tribunal Supremo, o Juiz João Carlos Trindade, o jurista e professor Gilles Cistac, da Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, da jurista e também professora daquela Faculdade Ivete Marlene Mafundza, que foi candidata pelo Parlamento Juvenil (PJ), do académico Alfiado Zunguza, director executivo da JustaPaz, e de Anastácio Chembeze.

A lista é corporizada, por ordem de votação, por Eduardo Chiziane, Júlio Gonçalves, Benilde Nhalvilo, Ana Cristina Monteiro, Paulo Cuinica, Jorge Oliveira, Ângelo Amaro, Jacinta Jorge, Arlindo Murirua e Joaquim Rafael Machava.

Sociedade civil apura 16 candidatos a CNE

O apuramento dos candidatos foi antecedido de um processo de auscultação pública dos pré-seleccionados, algumas da quais tiveram de ser feitas por via telefónica com recurso às tecnologias de comunicação, porque os candidatos se encontravam fora da cidade capital do país, e de votação pelos representantes das 26 organizações a sociedade civil que se inscreveram para o acto.

Nesse processo, os candidatos tiveram de se esgrimir, usando todos os seus argumentos, para tentar convencer ao júri e ao público sobre a sua motivação para se candidatarem a membros da Comissão Nacional, bem como que tipo de ligação irão estabelecer com a sociedade civil, uma vez eleitos para o órgão.

O “Notícias” soube, entretanto, que outros candidatos da sociedade civil a membros da Comissão Nacional de Eleições individualmente ou em forma de entidade colectiva terão ainda submetido ontem os seus processos à Comissão “ad hoc” da Assembleia da República.

Dirigindo-se aos candidatos no final do processo, o Bispo Dinis Matsolo, presidente do júri, afirmou ter-se tratado dum processo da sociedade civil, limpo e representativo dos interesses desta. “Não queremos pretender que seja um processo único, mas sim nacional, disse.

Dinis Matsolo apelou para a paz, afirmando que cada um deve fazer a sua parte para que ela prevaleça no país para sempre.

Refira-se que a sociedade civil deverá ter na Comissão Nacional de Eleições três membros, contra os anteriores cinco.