Moçambique continua atento a este conflito, uma vez que também é banhado pelo Lago Niassa, onde já se aventa a possibilidade de ocorrência de recursos naturais.
Os ex-presidentes sul-africano, Thabo Mbeki, e do Botswana, Festus Mogae, integraram a equipa de mediação da SADC ao conflito fronteiriço entre Malawi e Tanzânia sobre o lago Niassa, liderada pelo antigo presidente moçambicano, Joaquim Chissano.
Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros da Tanzânia Bernard Membe, as autoridades tanzanianas reiteraram a confiança da mediação do conflito aos ex-presidentes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Há mais de meio século que Tanzânia e Malawi disputam a soberania do lago Niassa, mas a crise atingiu o pico no ano passado, após o início da prospecção de petróleo e gás natural, o que obrigou o Malawi a parar com as pesquisas.
Apegando-se ao Tratado Anglo-Germânico de 1890, o Malawi reivindica o domínio do lago Niassa, com excepção da parte que banha Moçambique. Entretanto, a Tanzânia considera que o acordo está cheio de lacunas.
Recentemente, o governo do Malawi pôs em causa a credibilidade do fórum dos antigos chefes de Estado da SADC, alegadamente porque o secretário-executivo da organização, John Tesha, de nacionalidade tanzaniana, estava a passar informações cruciais ao governo de Dar-es-Salaam.