De acordo com a Procuradora-Chefe na província de Inhambane, Carolina Azarias, o novo representante do Ministério Público, em Govuro, tem como responsabilidade recuperar a credibilidade da instituição que vai representar, acto que passa pelo zelo, profissionalismo, coordenação das suas actividades com outros órgãos da administração da Justiça, do governo distrital e as comunidades locais.
Borgito, que acaba de sair do Centro de Formação Jurídica e Judiciária, na cidade da Matola, já se encontra no seu posto de trabalho e deverá, de acordo com Carolina Azarias, actuar com observância estrita das normas que regem o funcionamento das procuradorias distritais e, em última instância, a Constituição da República.
“Profissionalismo, ética e deontologia profissional mas, sobretudo, o respeito e cooperação com as comunidades é o que se exige, não só ao novo procurador, em Govuro, mas sim a todos magistrados do Ministério Público”, disse Carolina Azarias.
Sobre a sorte do antigo representante da Procuradoria-Geral da República naquele ponto da província de Inhambane, Carolina Azarias disse que o processo de Mário Cândido Merione está sendo discutido a nível do Conselho Superior do Ministério Público que tem como Presidente o Procurador-Geral da República, Augusto Paulino.
Recorde-se que Mário Cândido Merione foi condenado, ano passado, a uma pena de um ano prisão suspensa no processo número 38/12 da polícia correccional, por seu envolvimento num acidente de viação, em Govuro, do qual resultaram 15 pessoas feridas, uma situação agravada pelo facto de, na altura, aquele magistrado não estar habilitado a conduzir viaturas.
Aquele magistrado viu, ainda no ano passado, o seu nome associado a um processo de desfalque financeiro avaliado em mais de 500 mil meticais na Direcção Provincial do Plano e Finanças de Inhambane. Neste processo, o nome do antigo Procurador-Chefe de Govuro aparece como sacador de três cheques fraudulentamente retirados das gavetas da gestora dos Fundos Externos naquela instituição do Estado.
Segundo soubemos, o magistrado nega qualquer envolvimento no roubo que chegou a colocar de costas voltas o Millennium Bim e o governo da província de Inhambane, com o executivo de Agostinho Trinta a ameaçar encerrar todas as suas contas naquela instituição bancárias, pelo facto de o banco ter autorizado a retirada de avultadas somas em dinheiro com recurso a assinaturas falsas.
Entretanto, a Procuradoria Provincial reuniu-se, semana passada, na cidade da Maxixe, para, de entre várias matérias, procurar mecanismos adequados para a celeridade de tratamento processual para descongestionar as penitenciárias que andam superlotadas, bem como do destino a dar a viaturas apreendidas que jazem nas esquadras da polícia.