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Ele explicou que a AMM não tem legitimidade para convocar uma greve por tratar-se de uma associação e não um sindicato de médicos ou de funcionários da Saúde, órgão que ainda não existe no país.
Martinho Djedje reiterou que a instituição compreende os problemas dos médicos, mas não os pode resolver em tão curto espaço de tempo, quanto o proposto pelos médicos.
Segundo o MISAU, na sequência do aviso da greve de 7 de Dezembro, foram criadas duas comissões, uma para apresentar uma proposta de tabela salarial e outros suplementos e outra destinada à revisão e harmonização do Estatuto Médico na Administração Pública. Quanto ao Estatuto, esclarece, houve consensos. Na questão dos salários foram elaborados vários cenários que estão ainda em negociação entre as partes (Governo e AMM), tendo em conta as condições socioeconómicas do país.
Entretanto, em conferência de Imprensa, a Associação Médica de Moçambique orientou aos seus membros, cerca de mil médicos e 140 estagiários, a não se apresentarem a partir de hoje e por um tempo indeterminado às unidades sanitárias, a não ser apenas para responder a serviços de urgência.
Durante os dias da greve, que só será levantada quando tiver sido alcançado o consenso sobre os salários, os médicos só vão garantir o funcionamento dos serviços de urgência e atendimentos que tenham mesmo que ser feitos para salvaguardar a vida dos doentes. Não farão consultas, cirurgias electivas nem as habituais rondas pelas enfermarias.
Todas as emergências que surgirem nas unidades sanitárias, o que incluiu observações de doentes internados, cirurgias que tenham que ser realizadas e demais situações, serão atendidas pelos médicos escalados para os serviços de urgência, de acordo com orientações avançadas pela AMM na pessoa do seu presidente, Jorge Arroz.
Os médicos recusaram-se a indicar a sua proposta salarial, mas a 12 de Dezembro, no quadro da primeira ameaça, o MISAU predispôs-se a pagar um valor base de 20 mil meticais, “unanimemente” recusado pela classe médica por considerar que tal proposta fere a sua dignidade.
“Queremos um salário equiparado aos outros técnicos da nossa categoria em outras esferas da função pública, que ganham muito acima do que nos é pago”, dizem os médicos.
A opinião pública apela à consciência dos médicos para privilegiarem o diálogo e não a paralisação das actividades, tendo em conta que têm nas suas mãos a vida de milhares de pessoas.